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Pacto de paz costurado por prefeita assegura reorganização da rede de saúde na região norte de Mato Grosso

Da Redação - Ronaldo Pacheco


A manutenção do atendimento, a equação das dívidas e reorganização das competências pautaram o encontro de representantes da Prefeitura de Sinop e Secretaria de Estado de Saúde com dirigentes do Hospital Santo Antônio e Hospital Regional de Sinop, os maiores de Nortão de Mato Grosso. O principal objetivo foi alcançado: a continuidade dos atendimentos de oncologia e obstetrícia para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital Santo Antônio.
 
E, além disso, teve início do debate sobre a reorgnização do Sistema Único de Saúde, indispensável para equacionar os problemas que se arrastam há anos, notadamente no custeio das unidades sanitárias. A prefeita Rosana Martinelli (PR) teve desempenho crucial na costura do entendimento, de forma a evitar novo confronto.

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Técnicos da Secretaria de Estado de Saúde e da Prefeitura de Sinop  começaram a discussão para reconstruir  os serviços de saúde direcionados à população. O secretário adjunto Cassiano Falleiros, de Políticas de Regionalização, e a equipe técnica da SES solicitaram informações sobre fluxo e estrutura da rede local.
 
“Fizemos uma conversa muito proveitosa com a prefeita Rosana Martinelli, colocando alguns pontos cruciais no atendimento, e solicitamos informações que são fundamentais para a reorganização da rede na região de Sinop. Em 15 dias voltaremos a nos reunir para avaliar essas informações e definirmos as ações”, observou  Cassiano Falleiros, assegurando que cumpre formato articulado pelo secretário de Estado de Saúde, ex-deputado Luiz Vitório Soares.
 
Sobre o Hospital Regional de Sinop, o secretário adjunto informou que a unidade está reordenando o abastecimento, começando a regular numa forma de protocolo os pacientes vindos do pronto atendimento e definindo o perfil ideal de atendimento.
 
“Nós pensamos que o Hospital Regional tenha que ser de alta complexidade, mas para isso precisamos reorganizar toda a rede para que não seja dependente apenas do Hospital Regional e do Hospital Santo Antônio”, pontuou Faleiros, sobre o tema mais latente do encontro.
 
Com o Hospital Santo Antônio, todos os pagamentos são feitos por procedimentos de forma indenizatória. “A SES e a prefeitura estão buscando a melhor maneira de solucionar essa relação jurídica. É preciso haver um contrato. Aqueles hospitais que precisam ser conveniados para atender o SUS devem ser contratualizados com metas a serem cumpridas”, justificou o secretário adjunto.
 
 Rosana Martinelli deseja avançar sobre a  possibilidade de o município assumir o contrato com o Hospital Santo Antônio, que presta atendimentos de obstetrícia e oncologia em Sinop.
  
“Foi muito produtiva, porque eles nos passaram a possibilidade de nós assumirmos o contrato. Ficaram de passar as informações de como são os números do contrato até sexta-feira e depois no dia 8 [fevereiro] sentarmos de novo para avaliarmos. Nesse período vamos analisar essa possibilidade, verificar o processo de licitação, se as empresas tem capacidade de assumir”, argumentou a chefe do Poder Executivo sinopense.
 
 O Hospital Santo Antônio é a única unidade em Sinop que presta atendimentos de oncologia e obstetrícia para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e, segundo a prefeita, o objetivo é garantir que os atendimentos não sejam suspensos. “Vamos avaliar toda a situação diante dos números e também queremos garantia de repasses por parte do Estado. Temos recursos federais que estamos pleiteando que venham direto para o município, mas tem a contrapartida do Estado e é essa preocupação. Como está havendo esses atrasos, qual garantia que teremos por parte do estado, do pagamento? O município já faz sua parte e cuida da atenção básica e a média e alta complexidade é responsabilidade do Estado”, reforçou Rosana.
 
 A  secretária adjunta Maria José Vieira da Silva, de Serviços de Saúde da SES, explicou que o objetivo é que Estado e Município encontrem juntos formas de garantir os atendimentos em Sinop. “O hospital passa por alguns momentos de suspensão do atendimento e a reunião foi no intuito de encontrarmos juntos, estado e município, uma solução para esse problema para a população não ficar desassistida, como ocorreu em alguns momentos de suspensão de atendimento”, complementou Maria José Vieira.
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