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Ambulante que não vender Skol no carnaval terá mercadoria apreendida pela Prefeitura de Cuiabá

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco e Isabela Mercuri

O ambulante que estiver na Orla do Porto comercializando cerveja que não seja Skol e refrigerantes que não sejam da Ambev, durante os cinco dias do carnaval de Cuiabá, vai ser obrigados a se retirar do local e terá os seus produtos apreendidos pela Secretaria Municipal da Ordem Pública. A Prefeitura de Cuiabá decidiu colocar as suas forças de segurança para assegurar que somente os produtos do patrocinador diamante sejam comercializados na Orla do Porto, nos dias de folia momesca.
 
A Ambev é a maior patrocinadora do carnaval da Orla do Porto, estimado em mais de R$ 700 mil. E a principal exigência é a exclusividade de venda da cerveja Skol, considerada a principal da multinacional brasileira.

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O secretário Municipal de Ordem Pública, coronel Leovaldo Salles, durante entrevista coletiva, no Palácio Alencastro, explicou que é obrigação da sua pasta. “A Secretaria atua na área interna do carnaval, garantindo a exclusividade da comercialização dos produtos dos patrocinadores. Já é prática do carnaval passado que todos os comerciantes do interior do circuito se comprometeram em vender os produtos do patrocinadores”, lembrou ele.
 
A questão é tratada mesmo como de ordem pública, para o carnaval de Cuiabá. “A Ordem Pública deve impedir que atravessadores e oportunistas atuem lá. A punição é apreensão de todo o material que esteja penetrando [na Orla do Porto]. Na parte externa, colocaremos o corpo de fiscalização total, garantindo a normalidade do comércio”, explicou Salles.
 
No cumprimento da missão, coronel Salles esclareeceu que possui apenas 80 homens, com cobertura da segurança institucional da Polícia Militar e da Secretaria Adjunta de Apoio à Segurança Pública da Prefeitura de Cuiabá.
 
Responsável pela organização, o secretário Valdir Leite Cardoso – o Júnior Leite, da Secretaria Cuiabá 300 Anos, explicou tratar-se de compromisso com o principal patrocinador do evento.  “Orla do Porto é um projeto que iniciativa privada já comprou: tem segurança, fácil acessibilidade e visibilidade. E o prefeito Emanuel Pinheiro definiu a Orla do Porto como local de concentração. Não é o local ideal, mas é o melhor que nós temos”, justificou Júnior Leite.
 
A reportagem do Olhar Direto não conseguiu contato com a Associação dos Camelôs, Vendedores Ambulantes e Permissionários de Cuiabá (Asvac) nem com a Associação Cuiabana de Comida de Rua (ACCR) para avaliar a situação. No carnaval de 2017 estima-se que mais de 130 ambulantes trabalham dentro e nas imediações da Orla do Porto.
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