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Inacabada, sem público e até com falta d’água, Arena Pantanal espanta imprensa nacional; fotos e vídeo

Da Redação - Wesley Santiago

Para os mato-grossenses, talvez os já velhos problemas da Arena Pantanal podem não ser novidade. Porém, para a imprensa nacional, causa espanto as notícias de que o estádio utilizado em quatro jogos da Copa do Mundo e que recebeu partidas de diversos campeonatos nacionais continua inacabado, mesmo tendo custado mais de R$ 600 milhões. O jornalista Cosme Rímole, que esteve em Cuiabá para um seminário que discutiu justamente o futebol do Estado, mostrou ao Brasil o que viu na ‘Cidade Verde’, e a impressão não foi nada boa.

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Logo no início de seu texto, o jornalista já mostra o descontentamento com o que viu: “O sentimento que impera para alguém que não conhecia a Arena Pantanal, como eu, foi de revolta. Na Copa do Mundo, governantes garantiam que o estádio daria, no mínimo, R$ 25 milhões em receitas. (...)Mentira deslavada. Arena está é acumulando prejuízo de R$ 4 milhões ao ano. Não consegue gerar receita. A média de torcedores no Campeonato Mato-grossense em 2017 foi de 766 pessoas”.



O jornalista elencou, os já conhecidos problemas da Arena Pantanal: inacabada, sem público, falta d’água para os jogadores nos vestiários e até banheiros. Do lado de fora, os problemas continuam: “Abandonada, à noite estava se transformando em local de reunião de usuários de crack, mendigos, pivetes assaltantes. Só depois de muitas denúncias, a PM montou um posto no local, o que não significa segurança, pelo contrário. Há muito medo de quem precisa passar pelas imediações da arena, após o sol se por”.
 
Elaborado para ser um complexo multiuso, a Arena Pantanal não tem estrutura para shows, assim como já noticiou várias vezes o Olhar Direto. Isso porque não existe um tablado, que serviria para proteger o campo dos estragos causados por tal evento. Mesmo assim, alguns pequenos shows foram realizados no estádio, como no ‘Amigos Pela Solidariedade’.
 
Imbróglio
 
O que também machuca os torcedores é não vislumbrar que em um futuro próximo a situação possa ser alterada. A obra continua judicializada, por desacordos entre a Mendes Júnior – responsável pela construção – e o Governo do Estado. Telões e sistema de som do estádio, continua sem funcionar. Os elevadores também têm problemas e já foram os ‘responsáveis’ por prender diversas pessoas por vários minutos.
 
O contrato do consórcio responsável pela Tecnologia da Informação do estádio também está sendo discutido na Justiça, bem como o referente aos mobiliários. Essas questões, segundo a Secid, dificultam a entrega definitiva da obra. O contrato de TI da Arena está na lista como um dos não concluídos e que devem ter resolução no próximo ano.
 
A intenção do Executivo é entregar o estádio para que seja gerido por uma empresa. Para que seja elaborada uma Parceria Público-Privada (PPP), o governo instituiu um grupo de trabalho – que contará com representantes de diversos órgãos e entidades - que acompanhará a elaboração e avaliação da modelagem apresentada pela(s) empresa(s) autorizada(s), com vistas à manutenção e ampliação das atividades para além do futebol na Arena Pantanal.
 
A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), que circula nesta quinta-feira (08). O documento também traz a prorrogação da entrega da modelagem do Projeto Arena Pantanal pela empresa OAS por mais 60 dias a partir do dia 06 deste mês, conforme solicitação expressa e autorização do Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas do Estado de Mato Grosso.
 
Clique AQUI para conferir a publicação do jornalista Cosme Rímole
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