O vereador Macrean Santos (PRTB), que passou a madrugada deste sábado (17) entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Morada do Ouro e a 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé afirmou ao
Olhar Direto que seu filho foi vítima de abuso de autoridade e agredido por policiais militares. O jovem de 23 anos que cursa o 6° semestre de direito foi detido pela PM e passou mal na delegacia na noite de ontem.
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Segundo Macrean, o seu filho Macswell dos Santos Silva e seu sobrinho foram à seu pedido entregar uma documentação no bairro Campo Verde e acabaram sendo abordados de forma truculenta por uma equipe da PM. O vereador ainda declarou que um dos militares agrediu o estudante por ele ser morador do Pedregal.
“O que aconteceu foi um abuso de autoridade comandado por um sargento. Eu pedi para o meu filho ir levar um documento para o presidente do bairro Campo Verde e ele chegando lá com o meu sobrinho, uma guarnição do 3° Batalhão comandada pelo Sargento Divino pediu para ele descer do carro. Os PMs com uma doze e pistolas perguntaram onde ele morava e quando ele disse que morava no Pedregal, o sargento deu um tapa na cara dele e o acusou de estar indo comprar droga”, disse.
O parlamentar disse ter ficado sabendo do ocorrido por um funcionário da UPA da Morada do Ouro que ligou para ele dizendo que o seu filho havia dado entrada acompanhado de uma guarnição da Polícia Militar.
“O pessoal da UPA me ligou dizendo que meu filho estava lá. Eu cheguei em seguida e vi meu filho agonizando. Mesmo assim o sargento pediu para levar ele para o Cisc novamente. Eu fiz o que ele mandou, mas o menino passou mal denovo e precisou retornar à UPA. Eu tive que ligar para os comandos da polícia para registrar o que aconteceu. Eu sai do Cisc 6h, fui para o IML fazer corpo de delito e chegamos em casa agora pela manha”, afirmou o vereador.
Questionado sobre a acusação dos militares de que o vereador tenha dado ‘carteirada’ ao dizer que ia ligar para o governador Pedro Taques (PSDB), Macrean negou ter tentado intimidar os policiais e disse ter agido como cidadão que estava protegendo seu filho.
“Eu não dei carteirada nenhuma até por que eu estava lá como pai e não como vereador. Eu vi meu filho agonizando em uma maca e achei que ia morrer. Qual o pai que vê o filho sendo agredido e não vai ligar para o comando do Batalhão. Isso que eu fiz e quem sou eu para intimidar alguém, eu nem tenho poder para isso. Só estava cuidando do meu filho”, explicou.
O vereador ainda relatou ter registrado um boletim de ocorrência e que na segunda-feira (19) irá até a Corregedoria da Polícia Militar para denunciar o caso. “Eu nunca passei um vexame, uma humilhação desta através de uma corporação. O sargento é despreparado. Registrei um boletim de ocorrência, fizemos um corpo de delito e segunda-feira vamos à corregedoria da Polícia Militar. Vou buscar todo os direitos que amparam meu filho”, finalizou.
A versão do boletim de ocorrências pode ser conferida
AQUI.