Vários vídeos que circulam pela internet registraram a ação de membros de uma facção criminosa de Mato Grosso torturando seis pessoas do bairro São Matheus.  Não é possível saber se o bairro está instalado em Cuiabá ou na cidade de Várzea Grande, já que ambos possuem áreas com essa denominação. Quatro das vítimas teriam sido torturadas porque teriam cometido roubos na comunidade.

As outras duas, um filho e uma mãe, foram torturados porque “levantaram falso testemunho”. Os vídeos foram espalhados logo após o caso do mototaxista e outro homem que foram degolados em Cuiabá, envolvidos no caso da grávida assassinada. A Polícia Civil ainda apura este caso.

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Quatro das vítimas são agredidas dentro de uma residência. Todos teriam sido torturados porque supostamente cometeram roubos na comunidade. Em um dos vídeos um homem de camiseta branca e bermuda branca é espancado a pauladas. Ele grita por socorro, mas é repreendido por gritar. Ele a todo momento repete a frase “não vou roubar mais não”.

Um homem de camiseta cinza e bermuda estampada, um outro de camiseta cinza e bermuda preta e um terceiro de camiseta cinza e bermuda vermelha, chamado de Brian, também são torturados pelos bandidos. Um deles, antes de ser espancado a pauladas, diz “avancei no irmão e roubei na quebrada”.

Os quatro gritam enquanto são torturados e os bandidos os repreendem e dizem para ficarem calados. Um dos membros da facção confirma que estão tomando um “salve” (surra), por estarem “roubando na quebrada”.

Em um último vídeo um rapaz de camiseta verde e bermuda jeans e sua mãe, com calça e blusa rosa, também são torturados pela facção. No entanto, eles foram acusados de levantar “falso testemunho”.

“Vai ser disciplinado aqui no bairro São Matheus, tanto o guri quanto a mãe vão ser disciplinados por ter levantado falso testemunho e um rapaz que não tem nada a ver, foi feito uma prova falsa, e o mano foi disciplinado e nós viemos corrigir o que aconteceu e mostrar que o trem é de verdade no São Matheus”, disse um dos bandidos.

A mulher pergunta o que teria feito e nega a acusação. Um dos bandidos disse que depois do espancamento ela e o filho teriam que abandonar a casa.

“Não vai ser só um salve não ta entendendo minha senhora? Vai levar um salve e vai pegar andando da quebrada, amanhã se nós voltarmos aqui e estiverem aqui nós vamos matar todo mundo e tacar fogo na casa, aqui é o comando”, diz o bandido.

O rapaz e a senhora então começam a ser espancados com fios e depois com cadeiras e bancos de madeira.

A Polícia Civil informou que ainda está tentando levantar as informações sobre este caso, mas que até o momento não recebeu nenhuma denúncia.