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Por falta de medicamentos, Pronto Socorro de Cuiabá suspende parte dos atendimentos

Da Redação - Fabiana Mendes

O Pronto Socorro Municipal (PSM), de Cuiabá, suspendeu na tarde desta sexta-feira (2),  os atendimentos e cirurgias eletivas, devido à falta de medicamentos. Segundo a assessoria de imprensa da Secretária Municipal de Saúde (SMS), a interrupção durou  cerca de duas horas, e foi normalizado após a chegada de um caminhão de remédios e insumos. 

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De acordo com a SMS, os atendimentos eletivos, que não requerem assistência médica dentro de um espaço reduzido de tempo e que não apresentam risco de morte para o paciente, foram suspensos. Mas conforme apurou a reportagem, todas as cirurgias que haviam sido agendadas para esta semana, tiveram que ser interrompidas.  
 
Uma médica, que não terá seu nome divulgado, disse que as condições de trabalho estão caóticas. Ela contou, que itens básicos que trabalho, como luvas e gases, faltam com frequência na unidade.
 
“Essa semana toda estava faltando luvas, gases. Estava sem coisas básicas para funcionamento. E agora a direção orientou que não é para receber pacientes novos, apenas o que já estão aqui”, contou a médica.
 
A medida foi tomada, devido à falta de mais de 240 tipos medicamentos, já assumida publicamente pela secretária municipal de saúde, Elizeth Araújo.
 
Em entrevista recente ao Olhar Direto, A titular da pasta, pontuou dois grandes problemas, que estão deixando a população sem medicamentos. Conforme assinalou, o primeiro grande dilema da Saúde, seriam com as empresas fornecedoras. Eliseth afirmou que há contratos com vários fornecedores, no entanto, eles acabam não entregando no volume ou no tempo combinado. Ela também contou que algumas empresas já chegaram a ser notificadas por mais de três vezes.

“Quando ela [empresa] deu o lance, o preço no pregão, ela deu um preço tão baixo, que hoje ela não consegue comprar no quantitativo dos laboratórios de nível nacional. Essa é uma realidade”.

Outro impasse seria o déficit do Governo do Estado. “A outra não tenho escondido, que é nossa dificuldade financeira. Hoje estamos com um passivo de R$ 60 milhões para receber da Saúde do Governo do Estado”, disse.

A saída encontrada pela Secretaria, foi projetar um Pregão, que vem sendo planejado há quatro meses. O Pregão Emergencial, que pode durar até três meses, terá a ordem de R$ 130 milhões para assegurar o fornecimento durante o ano de 2018 e 2019. O objetivo do valor alto, segundo a secretária, é atrair empresas de todo Pais, e que tenham uma vasto quadro de medicamentos.

Leia nota na ìntegra: 

Os atendimentos de urgência e emergência não foram suspensos em momento algum. Haviam sido paralisados os atendimentos eletivos, que são aqueles que não requerem assistência médica dentro de um espaço reduzido de tempo e que não apresentam risco de morte para o paciente. Mas com a chegada de um caminhão de medicamentos nesta tarde, os atendimentos eletivos voltaram a ser realizados.
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