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Notícias / Meio Ambiente

Pescadores, servidores, catadores e outros voluntários limpam Rio Cuiabá em região do Pantanal

Da Redação - Isabela Mercuri

O rio Cuiabá na região de Barão de Melgaço recebeu, durante este final de semana (10, 11 e 12) uma ação de limpeza, liderada pela Teoria Verde em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). Diversos voluntários, dentre eles pescadores, servidores públicos, agentes políticos, militares, empresários, catadores de resíduos sólidos e moradores trabalham para deixar este ponto turístico, no meio do Pantanal, mais limpo.

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De acordo com informações da assessoria da Sema, a Ação Voluntária de Limpeza do Pantanal foi organizada pelo projeto de Comunicação e Educação Ambiental Teoria Verde, e a Sema participou da atividade com barcos, mão de obra e palestras de educação ambiental para alunos da região.

“Essas ações são de extrema importância para conscientizar as pessoas sobre o nosso papel em relação ao meio ambiente. Quanto mais as pessoas conhecem e têm contato com a natureza, mas elas respeitam e cuidam”, destaca o secretário de Estado de Meio Ambiente, André Baby.

A presidente da Associação de Catadores de Material Reciclável e Reutilizável de Mato Grosso Sustentável (Asmats), Cidinha Nascimento, concorda e lembra que com atitudes simples é possível cuidar para que os resíduos sólidos produzidos em área urbana não cheguem no Pantanal. Ela sustenta que as pessoas podem, em casa, separar o lixo reciclável e deixa-los sempre bem ensacados, evitando que estes caiam nos córregos e rios.

“O grande atrativo de Mato Grosso é a natureza e por isso que Turismo e Meio Ambiente tem que andar sempre juntos. A conservação ambiental é fundamental para esta atividade econômica", destaca o secretário adjunto de Turismo, Luiz Carlos Nigro, lembrando que a preocupação dos moradores, pescadores e donos de pousadas da região é com o impacto negativo que o lixo tem na beleza cênica, no equilíbrio ecológico do Pantanal e consequentemente na indústria turística.

Já para Jean Peliciari, diretor executivo do Teoria Verde, o objetivo da ação também é chamar atenção do poder público para a destinação correta dos resíduos sólidos. “O que nós queremos mesmo é que o lixo produzido na cidade tenha a destinação correta e ações como essas não sejam mais necessárias”, projeta.

“A Sema também emitiu a licença de operação para o aterro em Mirassol d´Oeste que atenderá cinco municípios do Oeste de Mato Grosso e é essencial para preservação das cabeceiras do Pantanal”, explicou o secretário de Meio Ambiente, André Baby. O aterro gerido pelo Consórcio Nascentes do Pantanal teve a autorização para entrar em operação expedida em fevereiro deste ano. Ele concorda que é vital que as cidades tenham estruturas adequadas para receber e tratar o lixo, e destacou o empenho da coordenadoria de Gestão de Resíduos Sólidos da Sema em auxiliar o poder público municipal a licenciar os aterros.

Para Cuiabá, o projeto do aterro sanitário está em processo de licenciamento. A secretaria recebeu as pendências apontadas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e agora irá analisar o processo com a maior celeridade possível.

Todos os resíduos sólidos recolhidos pelos voluntários na região serão recolhidos pelas prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande. O itinerário da ação inclui um trecho de 60 quilômetros pelo rio Cuiabá para retirada dos resíduos sólidos na região de Barão de Melgaço, incluindo as baías de Chacororé e Siá Mariana e seus corixos, além de outros pontos conhecidos como praia do Boi, Estirão Comprido e Volta do Poço.
Antes da ação, a superintendência de Educação Ambiental da Sema esteve na região e levou para cerca de 1000 estudantes mais informações sobre como cuidar do meio ambiente para esta e gerações futuras.

Também participaram da ação Barco Hotel Princesa do Pantanal, Pousada Mutum, Lebrinha, Associação Melgacense de Ecologia (Amec), Associação de Pescadores Z5, Pacto em Defesa das Cabeceiras do Pantanal, Secretaria Estadual de Turismo (Seadtur), Juizado Volante Ambiental (Juvam), Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) e Casa de Guimarães.
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