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Com medo, família de prefeito assassinado tentou entrar para o programa de proteção à testemunha

Da Redação - Vinicius Mendes

O promotor Willian Oguido Ogama, da promotoria de Justiça de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá), disse que os familiares do prefeito do município Esvandir Antônio Mendes, assassinado a tiros em 15 de dezembro do ano passado, tentaram entrar para o programa de proteção à testemunha. No entanto, não conseguiram e se escondem em um “lugar seguro”, afirma o promotor.

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Após o crime, a secretária de Administração de Colniza, Ana Franciely Mendes, que é filha do prefeito assassinado Esvandir Antônio Mendes (PSB), de 61 anos, e o secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, de 41 anos,que foi baleado durante o atentado, deixaram seus cargos e foram embora de Mato Grosso.

O promotor afirma que os familiares do prefeito ainda vivem com medo, mas que se sentem seguros onde estão. “Não posso dizer o local, obviamente, mas eles afirmam que se sentem seguros onde estão. Eles tentaram entrar para o programa de proteção à testemunha, mas não aconteceu”, disse.

O crime
 

O prefeito conduzia uma Toyota SW4 preta quando foi interceptado pelos criminosos, em um veículo SUV, preto, cerca de 7 quilômetros da entrada da cidade. O veículo foi ao encontro da caminhonete, momento que foram efetuados vários disparos contra o prefeito Esvandir que ainda conseguiu dirigir, mas acabou morrendo no perímetro urbano, na BR 174, esquina com a Rua 7 de Setembro.
 
Outros dois disparos feriram o secretário Admilson, sendo um na perna esquerda e outro nas costas. O fato ocorreu por volta das 18h40, de sexta-feira (15).
 
Acompanhamento
 
Nas primeiras horas de sábado (16), duas aeronaves do Centro Integrado de Segurança Pública (CioPaer) foram deslocadas ao município. Um avião seguiu com equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá e Inteligência, composta por um delegado e três investigadores, para auxiliar as Polícias local nas investigações.
 
Outra aeronave levou o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia Franciso, o comandante geral da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha e o delegado geral da Polícia Judiciária Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, que acompanham os trabalhos.
 
O secretário Gustavo Garcia destacou o empenho de todas as instituições da Segurança Pública e atuação célere na elucidação do crime. "O esclarecimento do fato teve um sucesso muito rápido, outros demandam mais tempo. Parabenizo os policiais que se dedicaram que estão horas sem dormir, trabalhando diuturnamente e comemoro o fortalecimento do sistema de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso",  declarou.
 
"O sucesso dessa operação e de outras se deve a aproximação e integração das forças", disse delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi.
 
O comandante da Polícia Militar, coronel PM Marcos Cunha, também ressaltou a eficiência do sistema de segurança. "A rapidez na resolução de todo o caso, praticamente durante 10 horas já demos uma resposta a toda a sociedade. Parabenizo todos policiais militares e policiais civis".
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