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Facção exige mensalidade de bocas de fumo e executa membros que se recusam a pagar, diz delegado

Da Redação - Fabiana Mendes

Responsável por gerenciar os municípios de Sinop, Claúdia, Vera, Sorriso, Feliz Natal, Nova Ubiratã e União do Sul, o delegado regional de Sinop, Sérgio Ribeiro Araújo, expos um ‘nova’ estratégia dotada por facções criminosas: o cadastramento de 'bocas de fumo', onde aquele que se recusar a pagar uma ‘mensalidade’ é ameaçado, e pode até ser executado.

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Questionado sobre o caso de uma mulher de 52 anos, que foi executada em Feliz Natal na semana passada, por supostamente,  se recusar a pagar certa quantia para criminosos para ter segurança em seu bar, ele explicou que “isso tem acontecido muito no Estado”. O delegado declarou que o caso está em investigação.
 
“O crime organizado tem começado a cadastrar estabelecimentos. Através de ameaças, aqueles que não querem pagar a mensalidade das quadrilhas, eles acabam fazendo isso daí” disse ele, que também relevou que os supostos autores do crime já foram identificados.
 
O secretário do Estado e Segurança Pública (Sesp), Gustavo Garcia, em entrevista recente, garantiu que irá identificar e prender todos os envolvidos em organizações e na distriuiçaõ de vídeos onde os criminosos atuam 'disciplinando' outros bandidos. 

“Estamos investigando. Fazemos uma investigação, para apurar se a pessoa é de fato integrante ou não, se o vídeo é autentico ou não. Agora o que solicitamos é confiança na polícia, não aceitar estes vídeos como verdade, informar a polícia sobre alguém que esteja pichando, porque nós vamos identificar e vamos prender. Nosso trabalho é esse”, garantiu.

O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana, esclareceu que um membro de facção criminosa pode pegar até oito anos de reclusão. “É o mais tempo de prisão que terá cumprir. O crime de integrar organização criminosa é muito grave, uma pena que pode chegar até oito anos de reclusão, só por integrar organização. Aquela pessoa que se identifica como membro de organização criminosa, seja por aplicativo de celular, seja por pichações em muro, só por dizer que é integrante de organização criminosa, já está sujeito a pena de oito anos, mais a pena do crime que cometer por integrar a organização”, explicou.  

Recentemente, a Polícia Civil deflagrou a operação 10º Mandamento, que cumpriu 36 mandados de prisão contra integrantes de uma facção criminosa, envolvida em ataques a prédios públicos, incêndio e pichações na cidade de Barra do Garças (509 km a Leste). A operação foi deflagrada para cumprimento de 51 ordens judiciais (38 mandados de prisão e 13 buscas) em cidades de Mato Grosso, Goiás e Paraná.
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