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Após atentados a agentes prisionais, diretora de presídio sofre tentativa de sequestro

Da Redação - Vinicius Mendes

A diretora-adjunta do presídio feminino Ana Maria do Couto May foi vítima de tentativa de sequestro na noite desta segunda-feira (26), em Cuiabá. Dois homens que utilizavam tornozeleiras eletrônicas a abordaram em um supermercado, mas ela pediu ajuda e os homens acabaram fugindo.

A tentativa ocorreu uma semana após a morte de um preso em um motim na Penitenciária Central do Estado (PCE), que foi seguida por ameaças e atentados a agentes prisionais.

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De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista, a diretora-adjunta do presídio estava sozinha no momento em que foi abordada pelos suspeitos.

“Ela estava no supermercado e dois indivíduos usando tornozeleira se aproximaram e falaram para ela que era para seguir eles, e ela falou que não iria seguir e começou a chamar atenção dos populares e eles acabaram saindo de perto”, contou o presidente.

Ela acionou os agentes penitenciários, mas nenhum dos dois homens foi localizado.

Recentemente uma facção criminosa fez ameaças a agentes prisionais, após a morte do traficante Jesuíno Cândido da Cruz Júnior, 28 anos, durante um motim no último dia 20. A Polícia Civil conseguiu identificar os autores das ameaças.

Uma ação conjunta entre as forças de Segurança Pública e o Sistema Penitenciário estadual transferiu 135 presos de uma vez, a maior movimentação dos últimos anos, e encaminhados para as unidades prisionais de Água Boa e Juína. Dentre os detentos transferidos da Penitenciária Central do Estado estão aqueles apontados como líderes de organizações criminosas.

O presidente do Sindspen disse que os agentes penitenciários foram aconselhados a tomarem mais cuidado, mas afirmou que o poder público tem dado resposta a esta situação.

“Nós estamos passando por um momento de crise, porém nós temos orientado os servidores que tomem cuidado, dobrem a atenção, e nós temos observado por parte das instituições de Segurança Pública, estão colocando à disposição a Polícia Militar, a Polícia Civil. Temos também grupos de apoio formado por outros agentes penitenciários e em casos emergenciais o pessoal aciona e de imediato os colegas já descem para dar apoio”, disse.
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