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Taques anuncia 100% do Fundo Fiscal para saúde com percentual para filantrópicos

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

Apontada seguidamente como o ‘calcanhar de Aquiles’ da gestão do governador José Pedro Taques (PSDB), a saúde de Mato Grosso terá fonte própria de financiamento até dezembro: o Fundo de Estabilização Fiscal (FEF). Taques bateu o martelo em favor da proposta do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), com o procurador geral Mauro Curvo, do Ministério Público do Estado, para destinar 100% do FEF para a saúde, tendo um percentual 'carimbado'  em lei para os hospitais filantrópicos.
 
“Defendo a proposta do Fundo de Estabilização Fiscal  seja incluso percentual para saúde. Sou absolutamente favorável. Eu defendo que todo o Fundo seja para a saúde”, afirmou Taques, para a reportagem do Olhar Direto, após se reunir com membros do Parlamento Europeu, no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás.

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Pedro Taques entende que o FEF pode se tornar o dinheiro novo tão essencial para que comece a ‘virar a chave’ da saúde de Mato Grosso. “Sim, eu defendo que 100% d Fundo seja destinado para bancar o funcionamento saúde”, justificou ele, endoçando a proposta apresentada por Botelho e Mauro Curvo.
 
Todavia, a equipe econômica do Palácio Paiaguás refez para baixo a previsão de arrecadação do FEF. Dos cerca de R$ 500 milhões projetados até dezembro de 2018, inicialmente, para o novo Fundo de Estabilização Fiscal de Mato Grosso, as Secretarias de Fazenda (Sefaz), de Planejamento (Seplan) e de Desenvolvimento Econômico (Sedec), se darão por satisfeitas se chegarem a R$ 300 milhões.



O primeiro entrave está no tempo de arrecadação: oito meses incompletos, no máximo, se a Assembleia aprovar ‘com urgência’ o projeto de lei a ser enviado por Pedro Taques, na próxima segunda-feira (9).
 
O governador insiste na tese de que os contribuintes do Simples Nacional não terão que contribuir, o que significa que praticamente 190 mil pequenos comércios, ou 92% dos comerciantes, estarão isentos.
 
A ideia é que cada um dê sua parcela de contribuição. “Todos que podem [e vão] contribuir. Ninguém é tão pobre que não possa dar nem tão rico que não possa receber”, argumentou o chefe do Poder Executivo, sobre a participação do agronegócio.
 
O governo de Mato Grosso trabalha para cobrir um déficit de R$ 3 bilhões, em 2018. Os recursos assegurados até o momento cobrem no máximo R$ 2 bilhões.

 
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