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“A parte do corrupto que mais dói é o bolso”, dispara Taques sobre ter priorizado auditorias

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

O atraso na conclusão de obras da Copa do Pantanal Fifa 2014 e do antigo MT Integrado, entre outras, por causa de auditorias realizadas por determinação do governador José Pedro Taques (PSDB) evitaram prejuízos de mais de quase R$ 1,35 bilhão ao Tesouro do Estado. Ele observou que parcela considerável das operações policiais que resultaram em processos e prisões de corruptos tiveram como embrião as investigações da equipe da Controladoria Geral do Estado (CGE), comandada desde janeiro de 2015 pelo secretário-chefe Ciro Rodolpho Gonçalves.   
 
Taques avisa que não se arrepende e crê que fez a coisa. “Apanhei mais do que couro de tamborim. Todas as auditorias foram confirmadas nas delações. A parte do corrupto que mais dói é o bolso: ficar preso e devolver o dinheiro”, detonou ele, tomando o cuidado de não citar nominalmente o ex-governador Silval Barbosa, seus familiares e ex-secretários de Estado.
 
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O governador enalteceu o trabalho da CGE, nos últimos anos. “Agora eu não posso ser responsabilizado por roubalheira daqueles que saquearam os cofres do Estado de Mato Grosso”, disparou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Pedro Taques sabe que as auditorias e as revisões contratuais atrasaram ou impediram a retomada de várias obras. Todavia, entende que agiu corretamente por impedir que o Tesouro do Estado continuasse sendo solapado. E cita como exemplo a obra da trincheira Professor Lenine Campos Póvoas, na Avenida Miguel Sutil – no acesso ao bairro Santa Rosa, região oeste de Cuiabá.  
 
“Entregaremos logo a trincheira Lenine Campos Póvoas, no Santa Rosa. Qual a dificuldade de entrega destas obras? Passamos três anos resolvendo problemas contratuais e de correção de projetos”, justificou Taques, citando que o caso específico da trincheira Santa Rosa a empreiteira  Camargo Campos, vencedora da licitação, veio a falência e foi substituída pela Concremax, responsável pela  conclusão da obra. A empreiteira Camargo Campos teria ‘sumido’ com R$ 9 milhões de uma obra em Rondolândia – nordeste do Estado.
 
Sobre o Programa de Pontes de Concreto (Pró-Pontes), um dos componentes do Pró-Estradas, o governador afirmou que está saindo do papel. “Mato Grosso possui 360 pontes [de concreto]. Nós precisamos de mais duas mil pontes. Sempre as necessidade são maiores que as possibilidades”, justificou o chefe do Poder Executivo.
 
Pedro Taques colocou no rol de prioridades mais duas pontes: uma nas comunidades de Carrapicho e Engordador, em Várzea Grande, ligando ao Parque Atalaia, em Cuiabá; e outra ponte no Chapéu do Sol, em Várzea Grande, assegurando o acesso ao Parque Tecnológico de Mato Grosso.
 
Algumas obras estão sendo retomadas nos próximos dias, mas o excesso de chuvas provocaram adiamento. “Eu sou Pedro, mas não sou são Pedro! Então, passando as chuvas, nós retomamos as obras”, complementou Taques.
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