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Taques rebate críticas e diferencia Jayme e Júlio Campos: "o povo sabe quem é quem"

Da Redação - Ronaldo Pacheco e Érika Oliveira

Embora não se possa considerar distante do estilo ‘paz e amor’ que adotou nos últimos meses, o governador José Pedro Taques (PSDB) claramente evitou atacar os adversários e alguns de seus ex-aliados de 2014, que hoje estão do outro lado do balcão. O chefe do Poder Executivo disse em entrevista exclusiva ao Olhar Direto que enxerga diferença crucial nos irmãos Júlio José e Jayme Veríssimo de Campos, no que tange ao comportamento político.
 
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No entanto, Taques adiantou que continua o diálogo com Jayme, a quem considera seu amigo, apesar do seu entrave com Júlio Campos. “Jayme é meu amigo! Falo com Jayme todos os dias. Júlio é Júlio. E Jayme é Jayme. E o povo de Mato Grosso sabe quem é quem. Eu comi canjica com Jayme. E não comi com Júlio”, sintetizou Taques, sobre o relacionamento de amizade que possui desde a tenra idade, na rua 24 de Outubro  - área central de Cuiabá.
 
Por conta disso, Pedro Taques incentiva o presidente regional do PSDB, Paulo Borges Júnior, a continuar a interlocução com o ex-senador e marido da prefeita Lucimar Campos (DEM), de Várzea Grande. “[sobre] Jayme eu concordo com Paulinho [Borges] em conversar com Jayme até o último instante”, emendou o chefe do Poder do Executivo.
 
Por isso, Pedro Taques considera natural que a oposição tenha vários candidatos ao governo de Mato Grosso. Até o momento, os nomes colocados são Mauro Mendes ou Jayme Campos (DEM), senador Wellington Fagundes (PR), ex-prefeito Dilceu Rossato (PSL) e um nome a ser lançado pelo Psol, por orientação do Diretório Nacional.
 
Caso todas as pré-candidaturas sejam confirmadas, isso significa que o eleitor de Mato Grosso terá quatro na disputa pelo Palácio Paiaguás. “A oposição tem que ser respeitada. É bom que tenha oposição, senão teríamos uma ditadura. Oposição pontua”, sintetizou ele em visita ao Olhar Direto.

Ironia religiosa
 
Júlio Campos é um dos ex-aliados de Taques que mais o criticam publicamente tanto campo político quanto administrativo. Nesta semana, em entrevista à Rádio Vila Real, o ex-governador chegou a ironizar até mesmo a crença religiosa do atual chefe do Poder Executivo.
 
“O Pedro mudou bastante, né?! Porque ele nunca falou em Bíblia Sagrada, nunca falou em Cristo, nunca falou em Deus... Felizmente, eu acho que os sinos do Vaticano, a presença do Papa Francisco falando grandes pensamentos pelo mundo devem ter atingido seu coração, né?!”, disparou o democrata, fazendo referência a uma resposta de Taques, que sugeriu a leitura do Salmo 91 aos críticos.
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