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Notícias / Cidades

Integrante do MST morre eletrocutado ao invadir casa de rede elétrica de prédio público

Da Redação - Vinicius Mendes

Um homem de 40 anos, identificado como Paulo Cesar Mota, morreu eletrocutado na noite do último sábado (21) ao invadir a casa de força de rede elétrica do prédio onde ficava a antiga sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no Centro Político Administrativo em Cuiabá. O homem era integrante do Movimento Sem Terra (MST), que estava acampado no prédio ao lado, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

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De acordo com informações da Polícia Civil, por volta das 22h uma equipe da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionada para atender uma ocorrência de um corpo que foi encontrado no prédio da antiga sede da PGE.

Ao chegar ao local os investigadores encontraram o homem caído ao chão, dentro da casa de força de rede elétrica do prédio. Uma testemunha disse que Paulo Cesar era morador do município de Campo Verde (a km de Cuiabá) e integrante do Movimento dos Sem Terra (MST).

A testemunha ainda disse que Paulo Cesar estaria acampado no prédio do Incra, bem próximo à antiga sede da PGE, quando teria se distanciado, entrando em um matagal. A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) também foi acionada para fazer as apurações.

O MST se manifestou por meio de uma nota, explicando que Paulo Cesar não seguiu as orientações internas de segurança ao invadir o prédio público. Na nota eles relatam que dois companheiros do homem o viram se afastar e após alguns minutos ouviram um forte barulho. Eles encontraram Paulo Cesar já sem vida.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou o óbito, encaminhado o corpo ao Instituto Médico Legal. O MST afirmou que não sabe o que o homem foi fazer no local, já que saiu sozinho e não avisou ninguém.

O prédio público atualmente é de responsabilidade da Polícia Judiciária Civil. A PJC enviou uma nota explicando que o local não está abandonado e aguarda reforma para a instalação da Delegacia do Meio Ambiente e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). 

Leia a nota do MST na íntegra:

NOTA DE PESAR

O Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra lamenta morte do companheiro Paulo Cesar Mota, ocorrida na noite de ontem (21/04). Paulo estava acampado em frente ao INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agraria) na Jornada Nacional de Lutas do MST, que ocorre todos os anos e visa cobrar por Reforma Agraria.

O companheiro não seguiu as orientações internas de segurança e acabou adentrando o local onde se encontra a rede elétrica do prédio (Antiga Procuradoria Geral do Estado), e infelizmente acabou morrendo eletrocutado.

De acordo com o relato de dois companheiros Paulo saiu de perto do acampamento e após alguns minutos, eles ouviram um forte barulho (parecido com um tiro) e saíram para ver do que se tratava e acabaram encontrando o companheiro já sem vida. Logo após, chamaram a coordenação do acampamento para que comunicassem o SAMU, após, a constatação do óbito por parte do SAMU o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

Não há nenhuma informação do que o companheiro foi fazer no local, uma vez que o mesmo estava sozinho e não avisou a ninguém onde iria.

O MST entrou em contato com os familiares da vítima que são de Campo Verde, e acompanha os procedimentos de reconhecimento e liberação do corpo da vítima. Lamentamos o ocorrido e nos solidarizamos com os familiares.
 
Direção Estadual do MST

Mato Grosso


Leia a nota da PJC na íntegra:

Nota de esclarecimento

A Polícia Judiciária Civil informa que o prédio da PGE, em que um homem morreu em decorrência de descarga elétrica, após tentar furtar fios, está sob a responsabilidade da Polícia Civil. O imóvel não se encontra abandonado. Foi cedido a Polícia Civil para instalações da Delegacia do Meio Ambiente e Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). 

 No imóvel já foram feitas limpeza,  jardinagem e instalada iluminação . Agora é aguardado liberação de recursos para reforma nas instalações das duas unidades, diminuindo custos ao Estado . O prédio está fechado e tem a vigilância do GOE, que todos os dias faz vistoria no local.
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