O aumento das despesas com aposentados e pensionistas frustrou, mas não sepultou, o esforço do governo de Mato Grosso para melhorar as finanças públicas em 2017. O governo até conseguiu arrecadar mais no ano passado, mas isso não foi suficiente para compensar o crescimento dos gastos com pessoal e encargos sociais. E é por isso que a equipe econômica do governador Pedro Taques (PSDB) se dedebruça na construção de um Plano de Demissão Voluntária (PDV), para facilitar a vida de quem deseja sair do poder público. A idéia é reduzir o peso da folha de pagamento do funcionalismo no bolo global das despesas. Os dados chamam a atenção para o peso do desequilíbrio dos sistemas de Previdência na crise fiscal do Estado. Apesar dos reajustes salariais para diversas categorias de Mato Grosso, o grande problema são os servidores inativos, especialmente porque ficam na conta do Estado as aposentadorias especiais, como de policiais militares e civis e professores. Cerca de metade dos servidores estaduais é dessas áreas. Em resumo, se não mexer na Previdência, fica evidente que não há PDV que dê jeito.