Num ambiente político nebuloso, onde sequer as pré-candidaturas ao governo de Mato Grosso são conhecidas claramente, soa quase como “exercício de adivinhação” esperar o debate dos principais temas que afligem a população, no pleito de outubro deste ano. Dos três pré-candidatos ao Palácio Paiaguás com maior envergadura, somente o senador Wellington Fagundes (PR) coloca à baila algum debate com sustância. O governador Pedro Taques (PSDB) não assume a pré-candidatura à reeleição, embora esteja em pré-campanha há meses, percorrendo os municípios. E o ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), nome que recebe o tratamento de ‘noiva da vez’, em 2018, demonstra tanto interesse com a discussão pré-eleitoral quanto os alunos da Creche Tia Antonina, no CPA-I (Morada da Serra), se interessam por física nuclear. É lamentável que os candidatos  (atualmente ainda pré-candidatos) deixem para entupir o eleitor de informação às vésperas do pleito, com pouquíssimo ou quase nenhum tempo para refletir sobre temas como saúde, educação e segurança pública. Trata-se de autêntica repetição de desrespeito do passado, onde a maioria do eleitorado é tratada como "massa de manobra".