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Estudantes ocupam Casarão da UFMT e chamam servidora de “sapatão”

Da Redação - Vinicius Mendes

Alguns estudantes que ocupam a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em protesto contra o aumento do preço do Restaurante Universitário (RU), invadiram o Casarão da universidade (local onde funcionam alguns órgãos administrativos) na última terça-feira (12) e, entre outras ofensas, chamaram uma servidora de “sapatão”.
 
Uma das vítimas, que possui uma deficiência física motora, ainda disse que foi prejudicada, pois o elevador de acessibilidade foi desligado pelos alunos. O professor Rodrigo Marques, chefe do Departamento de Geografia da UFMT, divulgou nota de repúdio sobre o caso.
 
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A servidora Alice Gabriela, que possui uma deficiência física motora, disse que estava no Casarão no momento do ocorrido. Ela contou que a energia do bloco foi desligada, impedindo o funcionamento do elevador de acessibilidade, e que ela e outros colegas foram chamados de “pelegos, de governistas, com palavras de ordem totalmente agressivas”.

Ela ainda relatou que para uma outra servidora os estudantes gritavam “ão, ão, ão, desce sapatão”. Ainda de acordo com ela, os servidores que trabalham no Casarão tiveram que ficar lá dentro por um longo tempo.

O chefe de Departamento de Geografia da UFMT, Rodrigo Marques, disse que o ocorrido de terça-feira (12) foi “um ato de violência, homofóbico, extrapolou todos os limites e nenhum professor pode compactuar com este comportamento”.

Marques enviou em ofício uma nota de repúdio ao ocorrido ao presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), que apóia a pauta dos estudantes.

O professor diz que concorda que a luta pelo preço do RU não deve ser criminalizada, mas cobrou um posicionamento da Associação com relação a este fato, que segundo ele, deve ser ciminalizado.

A reportagem tentou entrar em contato com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), por meio do telefone disponibilizado nas redes sociais, mas as chamadas não foram atendidas. 
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