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​Após 65 dias de greve, aulas na UFMT serão retomadas nesta segunda-feira

Da Redação - Vinicius Mendes

Após 65 dias de greve (a contar da data de suspensão do calendário) as aulas na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) devem retornar nesta segunda-feira (25). Uma decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) do último dia 18, revogou a suspensão do calendário acadêmico no primeiro semestre do ano de 2018. O Movimento de Greve dos estudantes, no entanto, decidiu não acatar a decisão e devem continuar com a ocupação. Já os alunos de alguns cursos decidiram obedecer a revogação e retornam às aulas amanhã.
 
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A suspensão do calendário foi aprovada no dia 14 de maio pelo Consepe, com data retroativa ao dia 20 de abril, em apoio ao movimento dos estudantes que lutam contra o aumento dos preços do Restaurante Universitário (RU).

A reitora Myriam Serra já havia decidido que o aumento previsto para as refeições do Restaurante Universitário (RU) ficaria suspenso até 31 dezembro deste ano. Ela também anunciou que uma comissão seria criada, com participação de estudantes, para tratar deste assunto.

O movimento de greve, no entanto, se reuniu no último dia 20 e decidiu não acatar a decisão do Consepe  e devem continuar com a greve e a ocupação. De acordo com os estudantes, a greve não deve acabar enquanto a reitora não se reunir com eles e chegarem a um acordo com relação aos preços do RU.

Alguns alunos, porém, afirmaram que irão retornar às aulas nesta segunda-feira. Nos cursos de Medicina, Direito e Agrárias as aulas devem acontecer normalmente a partir de amanhã (25).
 
O aumento
 
As unidades do Restaurante Universitário da UFMT, nos cinco Câmpus, funcionavam com os valores de R$ 0,25 para café da manhã e R$ 1,00 para almoço e jantar, porque os valores eram subsidiados pela instituição em mais de 90% para estudantes.
 
De acordo com a UFMT, o orçamento para custeio e investimento do Governo Federal nas universidades vem caindo, ano a ano. O orçamento de 2017, comparado ao do ano anterior, teve redução de cerca de 38% nos recursos destinados ao capital, utilizado para realização de obras e aquisição de equipamentos, e de aproximadamente 4,5% na verba destinada ao custeio, referente a manutenção de despesas básicas.
 
A universidade havia comunicado que haveria uma ampliação do acesso gratuito aos estudantes que comprovem renda até 1,5 salário mínimo ao Restaurante Universitário (RU) e acesso subsidiado para estudantes com outros fatores de vulnerabilidade socioeconômica, no limite do orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) e da UFMT. Estudantes com renda superior pagarão o valor sem subsídio, que é R$ 5.
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