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Réus por morte de personal alegam ameaças de facções criminosas na PCE; juiz pede providências

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Guilherme Dias de Miranda e ​Wallisson Magno de Almeida Santana, acusados de assassinar o personal trainer Danilo Campos, em novembro de 2017, alegaram estarem sofrendo ameaças de membros do Comando Vermelho (CV) e do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Penitenciaria Central do Estado, onde estão presos preventivamente.

Um pedido de providências foi feito verbalmente ao juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, ao final da audiência da última sexta-feira (29). O magistrado oficiou a diretoria da penitenciária para que providências sejam tomadas.

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Conforme os réus, no momento em que transitam de uma ala para outra no presídio, passam por celas lotadas por membros de facções criminosas. “E eu não faço parte de nenhuma”, alegou Guilherme. Por isso, sofreriam ameaças de morte.  

"Eu não posso dizer para onde vocês devem ir, para tal ou tal lugar", adiantou Miraglia. "Mas, posso pedir providências ao diretor da unidade, para garantir a integridade física dos custodiados, tendo em vista que eles alegam que estão sofrendo ameaças dentro da PCE, razão pela qual determino que o diretor da unidade tome providências", determinou via ofício.

Testemunhas de acusação foram ouvidas na tarde de sexta-feira (29), entre amigos e colegas de trabalho de Danilo Campos. Ambos os réus foram apartados da sala de audiências. As oitivas com testemunhas de defesa foram agendadas para o dia 18 de julho.

O crime correu em uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, por volta das 21h20 do dia 8 de novembro do ano passado. Populares disseram aos militares que viram dois homens em uma motocicleta alta se aproximarem e o garupa efetuar os disparos contra o personal trainer Danilo Campos.
 
A polícia apurou que Guilherme Dias de Miranda seria o mandante do assassinato. Ele usava documentos falsos para se esconder, junto com Walisson. A ex-esposa de Guilherme chegou a ser presa, mas foi solta por colaborar com a polícia. na cidade de Foz do Iguaçu (PR) e, em Cuiabá, colaborou no interrogatório e esclareceu o que ainda restava do crime, sendo solta em seguida. A pivô do caso afirmou que era ameaçada pelo ex-companheiro, Guilherme.
 
No dia 9 de março, cerca de quatro meses após o crime, Guilherme e Walisson foram presos em uma ação conjunta da Polícia Civil de Mato Grosso com a de São Paulo. Os dois estavam com passagens compradas para fugir do Brasil.
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