Imprimir

Notícias / Cidades

Sintep repudia ação da PM para desocupar área com 400 famílias do MST

Da Redação - Wesley Santiago

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) repudiou a ação da Polícia Militar, ocorrida na última segunda-feira (02), para desocupar 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que estão no acampamento Padre José Ten Cate, em Jaciara (131 quilômetros de Cuiabá).

Leia mais:
Justiça manda MST desocupar fazenda de R$ 33 milhões de ex-governador Silval
 
“Mais uma vez, as famílias sofrem com o descaso dos governos, em especial da prefeitura do município de Jaciara, que neste momento é a responsável por reverter a situação e ignora as cerca de 400 famílias que há dois anos e meio ocupam a área pública, enquanto aguardam que o Incra faça o assentamento na região Sul do estado.”, diz trecho da nota.
 
Além disto, o sindicato afirmou que as famílias têm sofrido ofensivas para a desocupação das terras, que seriam incentivadas por pressão de segmentos da sociedade sem compromisso com a causa social e sem que o ato reverta em benefícios à população. As famílias estão na área desde 2015, após um acordo entre a Prefeitura de Jaciara e o Incra, enquanto aguardavam para serem assentadas.
 
Nesse período, as famílias já fizeram o cultivo de diversos tipos de alimentos para garantir a sobrevivência, bem como, doaram o excedente, cerca de oito toneladas, para os municípios do Vale do São Lourenço.
 
“A falta de compromisso em viabilizar as condições para que as centenas de famílias de sem-terra possam ter assegurados os meios para desenvolver o trabalho e a produção, coloca em risco a sobrevivência desses acampados  bem como de toda a sociedade, pois comprometem a produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, livre de agrotóxico”, diz outro trecho da nota.
 
Por fim, a categoria ressalta que o acampamento “tem cumprido uma função social importante, na justa luta pelo direito à Terra, e tem funcionado como uma alternativa coerente para diminuir a pressão social nas cidades, ao se manterem e trabalharem no campo. A desocupação à força, sem um opção para as famílias, é mais uma irresponsabilidade cometida contra essa parcela da sociedade que batalha por uma vida digna”.
 
Confira abaixo a nota na íntegra
 
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso manifesta indignação e revolta a ação ostensiva da polícia, nesta segunda-feira (02.07), aos/as companheiros/as do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do acampamento Padre José Ten Cate, em Jaciara.
 
Mais uma vez, as famílias sofrem com o descaso dos governos, em especial da prefeitura do município de Jaciara, que neste momento é a responsável por reverter a situação, e ignora as cerca de 400 famílias que há dois anos e meio ocupam a área pública, enquanto aguardam que o INCRA faça o assentamento na região Sul do estado. 
 
Reafirmamos publicamente nosso total solidariedade às famílias que têm sofrido ofensivas para a desocupação das terras, incentivadas por pressão de segmentos da sociedade sem compromisso com a causa social e sem que o ato reverta em benefícios à população.
 
As famílias estão na área desde 2015, após um acordo entre a Prefeitura de Jaciara e o Incra, enquanto aguardavam para serem assentadas. Nesse período já fizeram o cultivo de diversos tipos de alimentos para garantir a sobrevivência, bem como, doaram o excedente, cerca de 8 toneladas, para os municípios do Vale do São Lourenço.
 
A falta de compromisso em viabilizar as condições para que as centenas de famílias de sem-terra possam ter assegurados os meios para desenvolver o trabalho e a produção, coloca em risco a sobrevivência desses acampados  bem como de toda a sociedade, pois comprometem a produção de 70% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, livre de agrotóxico.
 
O acampamento Padre José Ten Cate, a exemplo dos demais acampamentos do MST, tem cumprido uma função social importante, na justa luta pelo direito à Terra, e tem funcionado como uma alternativa coerente para diminuir a pressão social nas cidades, ao se manterem e trabalharem no campo.
 
O Sintep/MT reafirma que a desocupação à força, sem um opção para as famílias, é mais uma irresponsabilidade cometida contra essa parcela da sociedade que batalha por uma vida digna. É uma das lutas permanentes do Sindicato a defesa pela reforma agrária, como caminho para se fazer justiça social ao movimento de luta pela terra.
 
A Direção
Sintep-MT, Livre, Democrático e de Luta!
Imprimir