Alguns estudantes do curso de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), internos no Hospital Universitário Júlio Muller, denunciam que vêm sofrendo abusos por parte de seus superiores no hospital. Os alunos afirmam que não têm direito a férias, que não são supervisionados por professores durante as atividades realizadas dentro da unidade e que são perseguidos quando se queixam.
 
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Um dos estudantes, que não quis ser identificado, procurou o Olhar Direto para fazer a denúncia. Segundo o denunciante, após uma matéria do Olhar Direto, de agosto de 2017, relatando uma situação semelhante, algumas coisas melhoraram, no entanto, ele afirma que os estudantes ainda sofrem abusos.

Os alunos dizem que ainda persistem abusos de carga horária, psicológicos por parte das chefias dos setores, que não têm direito a férias, que não existe um plano de ensino das disciplinas e que ficam sobrecarregados de trabalho com os ambulatórios sempre lotados.

Eles ainda se queixam da postura dos professores do curso, que não oferecem supervisão durante as atividades realizadas dentro do hospital, que pouco se apresentam na unidade, mesmo tendo uma carga horária de 40 horas e que os estudantes acabam tendo que assumir condutas médicas que não deveriam.

O denunciante ainda disse que quando algum aluno tenta fazer alguma reclamação ou exigir seus direitos, acaba marcados pelos superiores, sendo perseguido e, segundo ele, até mesmo reprovado, como já teria acontecido.

O Hospital Júlio Muller afirmou que só irá se manifestar sobre o caso quando for notificada de uma denúncia formal que venha a ser registrada.