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Selma muda discurso sobre aliança e se lança com mote de combate à corrupção e sonegação

Da Redação - Lucas Bólico

A juíza aposentada Selma Arruda (PSL) mudou radicalmente o discurso sobre a aliança com PSDB e discursou na convenção tucana exaltando Pedro Taques (PSDB) e Nilson Leitão (PSDB), seus colegas de chapa. Ela jurou sentir orgulho de militar ao lado deles, defendeu “valores da família”, combate à corrupção e à sonegação fiscal. O evento foi realizado na manhã deste domingo (5), em um hotel da capital. 
 
“Quero agradecer meu companheiro de chapa deputado Nilson leitão, que é uma grande liderança desse Estado. É o legitimo representante do agronegócio”, exaltou Selma. “Quero também agradecer Pedro Taques, uma pessoa maravilhosa. Pedro Taques pegou esse estado no pior momento porque estávamos vivendo uma crise nacional e uma herança de corrupção de uma quadrilha que assaltou esse Estado e eu ajudei a prender”, declarou, fazendo referência à gestão Silval Barbosa. “Eu quero ver quem faria melhor do que Pedro fez”, provocou.
 
Parte do curto discurso de Selma foi centrado no combate à corrupção. “Eu quero dizer a vocês que a minha missão no senado federal vai ser o combate a esse tipo de quadrilha”, prometeu. “A minha campanha não vai ser só para o combate a corrupção. Eu quero o combate à sonegação fiscal, eu quero equilíbrio na distribuição de renda. Eu quero que mato Grosso receba muito mais recursos”, elencou.
 
À direita
 
Filiada ao PSL de Jair Bolsonaro, Selma ainda usou parte do discurso para abraçar agendas do presidenciável. “Eu tenho fé e alegria que nós vamos recobrar nossos princípios éticos e morais da família, que é o esteio da sociedade. Em nome de Deus e da minha família, em nome de todo cidadão mato-grossense, eu convoco todos vocês para a vitória”, finalizou.
 
Mudança de discurso
 
A última semana da pré-campanha tucana foi preenchida com muita discussão sobre o posicionamento de Selma Arruda perante os colegas de partido. Em uma transmissão ao vivo pelo Facebook, em que interagia com internautas, Selma afirmou que seus eleitores não precisam necessariamente votar em seus aliados, ou seja, Pedro Taques e Nilson Leitão.
 
A declaração foi suficiente para enfurecer tucanos, que enxergaram oportunismo na pré-candidata, que deverá usar a estrutura e o tempo de TV do PSDB em sua campanha sem pedir votos aos aliados. No auge da crise, a hipótese de rifar Selma da coligação foi levantada, mas acabou descartada.
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