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Maggi promete neutralidade na disputa ao governo, mas apoia Sachetti, Neri e Ezequiel

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo e Lucas Bólico

O desenho que se formou das chapas majoritárias em Mato Grosso após o final de semana de convenções em nada mudou o posicionamento do  ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). Ele reiterou que se manterá neutro na eleição deste ano. Sua ressalva é com relação à prioridade do PP em eleger dois deputados federais, Ezequiel Fonseca e Neri Geller. Maggi também abre uma exceção para ajudar seu compadre Adilton Sachetti (PRB) se eleger senador. Fora isso, promete a acompanhar a disputa de longe.

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“Eu pretendo continuar na posição que eu tenho, uma posição de neutralidade. Já em fevereiro ou março desse ano eu anunciei isso, que não iria participar das eleições. Vou concluir minha passagem pelo Ministério da Agricultura até 31 de dezembro, e depois de volta pra Cuiabá, pra casa”, disse o senador licenciado, prometendo abandonar a vida pública.
 
O compromisso com Adilton Sachetti é pessoal e o com Neri e Ezequiel é partidário. “Eu tenho um partido que precisa de parlamentares, nós temos dois candidatos fortes aqui em Mato Grosso, e vamos tentar trabalhar pra levá-los, que é o Neri e o Ezequiel, independente, os outros são todos amigos nossos também, mas agora pra frente, as forças políticas que precisam se movimentar  e se posicionar”.
 
O PP de Maggi está coligado com Welligton Fagundes (PR), mas não indicou ninguém para a chapa majoritária. O partido chegou a ensaiar uma pré-candidatura de Margareth Buzetti ao senado, mas a empresária desistiu ao ver o grupo se aliando com PT e PCdoB, partidos de esquerda.
 
Dispersão no agro
 
A desistência de Maggi em disputar a reeleição ao Senado aumentou a procura pela cadeira. Carlos Fávaro e o próprio Sachetti só decidiram entrar na briga após o anúncio do ministro de encerrar a carreira política. Os dois representantes do agro enfrentam nas urnas também o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), um dos maiores defensores do setor produtivo no Congresso Nacional. Para Maggi, a “divisão” de votos do agronegócio não chega a ser um problema. Ele garante que o setor não tem um “pensamento unificado”.
 
“As vezes você tem uma ideia diferente do agro. O agro não é uma coisa uníssona, não é uma coisa que as pessoas entram e dizem vamos todos pra lá ou pra cá. O setor da agricultura é como qualquer setor da economia, da sociedade mato-grossense, que tem gente que gosta de arte, gosta de ler, que não gosta de posição do outro, portanto acho que vai ter dentro desse setor, que é um setor importante pra economia, uma pulverização de intenção de votos também”.
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