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Médico é preso após se negar a fazer necropsia em local inadequado

Da Redação - Fabiana Mendes

Um médico legista acabou preso pela Polícia Judiciaria Civil de Colniza (a 1.006 quilômetros de Cuiabá), depois de se negar a fazer um exame de necropsia em uma vítima de acidente de trânsito, que morreu após cair em um rio às margens da Rodovia BR-175, a 145 quilômetros do Distrito de Guariba. O motivo da recusa, seria a falta de insumos e local inadequado. 

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De acordo com a PJC de Colniza, no dia 20 de agosto foi acionada para atender um acidente de trânsito com óbito, na Rodovia BR 174. Na ocasião, o veículo caiu dentro do rio e uma das vítimas não resistiu e foi a óbito ainda no local do acidente.
 
Como Colniza não possui Instituto Médico Legal (IML) e a Perícia Técnica mais próxima fica em Juína, a 330 km de distância, todos os exames técnicos são realizados por médicos que atendem no Hospital Municipal da cidade. Na ocasião, o delegado Edison Ricardo Pick nomeou como perito “ad hoc” ou seja, para um fim específico, o médico plantonista do dia, que se negou a atender o óbito, pois estaria sem insumos e local adequado.
 
Como o médico estava exercendo seu ofício no Hospital Municipal, fazendo o serviço de funcionário público, e o procedimento era necessário para conclusão de inquérito policial, o delegado conduziu o profissional de saúde à Delegacia, onde foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), por prevaricação.
 
Logo após, o médico, que estava acompanhado do seu advogado, foi liberado e o procedimento encaminhado ao poder judiciário.
 
A Polícia Civil afirmou que a corregedoria da Polícia Civil até o momento não recebeu nenhuma denúncia relacionada à conduta do delegado.
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