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Secretaria vê ação política em investigação na Caravana; MT já pagou R$ 42 mi à empresa

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Fabiana Mendes

O assessor especial da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Wagner Simplício, entende que a ‘Operação Catarata’, deflagrada nesta segunda-feira (03), pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) para apurar supostas irregularidades na execução do contrato da Caravana da Transformação no tocante aos serviços de oftalmologia, tem fundo político. Por fim, garante que as portas da pasta estão abertas e todos os documentos serão disponibilizados para as autoridades.

Pesquisa feita junto ao portal Mira Cidadão, mostra que nos últimos três anos a empresa 20/20 Serviços Médicos, de Ribeirão Preto (SP) recebeu pagamentos na ordem de R$ 42,7 milhões referentes aos períodos de 2018,2017, e 2016. Neste ano já foram pagos R$15 milhões. No ano anterior, R$ 22 milhões e em 2016, a quantia de R$ 5,4 milhões.

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Segundo Wagner Simplício, o papel da pasta é oferecer livre acesso e toda a transparência necessária para as autoridades. Durante a manhã desta segunda, os agentes do Gaeco buscaram por papéis relacionados à Caravana da Transformação, como contratos, que serão minuciosamente analisados.
 
“Nós não tivemos acesso em toda a documentação, mas é importante. Todo o Ministério Público teve momento de verificar essas questões junto às caravanas que já tiveram. Nosso papel, como Executivo é de oferecer livre acesso à nossa sociedade e órgãos de controle. Qualquer um que venha aqui, temos os documentos para mostrar”, comentou o assessor.
 
O assessor também nega que os agentes do Gaeco tenham tentado levar o celular do secretário Luis Soares, responsável pela pasta: “Ele não usa nenhum papel do ponto de vista eletrônica. Não tem computador, notebook, smartphone. Perguntaram se ele tinha um desses instrumentos digitais, então como ele não tem, não foi necessário levar porque o celular que ele usa, pessoal dele é das antigas gerações de celulares”.
 
Também foi ressaltado pela pasta que foram cumpridos apenas mandados de busca e apreensão e nenhuma prisão foi registrada. Por fim, ainda negou a existência de ‘cirurgias fantasmas’ que teriam sido feitas pelas empresas. Conforme Wagner, tudo era acompanhado minuciosamente pela secretaria.
 
Operação
 
De acordo com o coordenador do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, promotor de Justiça Mauro Zaque, o objetivo da operação é apurar “fatos graves na execução do contrato da Caravana da Transformação no tocante aos serviços de oftalmologia”.
 
Os mandados de busca e apreensão, cumpridos na Secretaria de Estado de Saúde (SES) e na sede da empresa em Ribeirão Preto (SP), foram deferidos pela juíza Célia Vidotti em ação cautelar proposta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público de Cuiabá.
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