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Árbitro mato-grossense volta a causar polêmica ao anular gol do Palmeiras e impedir uso do VAR; veja

Da Redação - Wesley Santiago

O árbitro mato-grossense, Wagner Reway, voltou a ser centro de polêmica no futebol nacional. Desta vez, as reclamações vieram da partida entre Cruzeiro e Palmeiras, válida pela semifinal da Copa do Brasil de 2018, realizada na última quarta-feira (12). Reway anulou um gol do time paulista no fim do jogo apitando antes do fim da jogada e impediu o uso do árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês).

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Na jogada, a bola é lançada na área do Cruzeiro aos 52 minutos do segundo tempo e o goleiro Fábio sobe junto com o zagueiro Edu Dracena para disputar a bola. O defensor do time mineiro não consegue segurar e ela sobra para Antônio Carlos que toca para a rede. Porém, Reway apitou falta antes da conclusão do lance.

 

A recomendação, com o árbitro de vídeo, é que o juiz espere a conclusão da jogada para apitar, dando assim a oportunidade que o lance seja revisado: “É desconhecimento por ser algo muito novo. O bandeira, quando tem dúvida no impedimento, deixa a jogada seguir para depois levantar o instrumento. Como ele marcou a falta antes de entrar no gol, acabou o VAR. Não pode voltar atrás. A orientação é esperar terminar o lance. A culpa é do árbitro central que apitou antes”, disse o comentarista de arbitragem da TV Globo, Leonardo Gaciba.
 
“Observei por todos os ângulos e estamos procurando a falta. Vejo o Dracena fazer um deslocamento vertical e o Fabio indo em direção a bola. Há um contato natural de jogo. Para mim, não houve falta”, completou Gaciba. Também é possível notar no lance que o jogador do Cruzeiro é quem atrapalha o goleiro na subida.
 
“O que estranhou é o despreparo que eles próprios têm”, disse o diretor de futebol do Palmeiras, Alexandre Mattos, que teceu diversas críticas após o fim do confronto, que terminou com vitória do Cruzeiro por 1 a 0.
 
“Ele foi contra a própria recomendação da CBF. A gente espera que ele seja punido por isso. Por isso, gera essa confusão toda. Ele (árbitro) parou o lance antes, de maneira precipitada, contra a recomendação deles próprios. Por isso, fazem a gente vir aqui e falar especificamente de um lance que foi determinante, sem dúvida alguma”, continuou o dirigente do Palmeiras.
 
Com a derrota por 1 a 0, o Palmeiras precisará vencer por dois gols de diferença no Mineirão, no dia 26, para avançar à final da Copa do Brasil. Se devolver a diferença na capital mineira, a vaga será decidida nos pênaltis.
 
Polêmica
 
Em abril deste ano, durante a primeira rodada do Campeonato Brasileiro, a arbitragem mato-grossense roubou a cena de forma negativa. O árbitro Wagner Reway marcou um pênalti inexistente contra o Flamengo e ainda expulsou um dos seus jogadores de forma equivocada. Depois, o auxiliar Fabio Rodrigo Rubinho não viu um impedimento claro no gol que Réver marcou para o time carioca.
 
A atuação da arbitragem de Mato Grosso foi marcada por decisões erradas em lances claros. Com apenas nove minutos do primeiro tempo, Rhayner acerta o rosto de Éverton Ribeiro, que evita, em cima da linha, o que seria o gol de empate do Vitória. Porém, Reway apontou para a marca da cal e assinalou pênalti, alegando toque de mão do jogador rubro-negro (Everton Ribeiro), que ainda acabou expulso por conta do lance.
 
Na cobrança, o Vitória saiu na frente com o gol de Yago. Já na segunda etapa, dois lances também chamaram a atenção: Aos 21, Diego caiu na área após chegada de Ramon e pediu pênalti, mas Wagner mandou o jogo seguir. No gol de Réver, foi a vez do auxiliar Fabio Rodrigo Rubinho errar. Ele não deu impedimento claro de Willian Arão no início da jogada.
 
Trajetória
 
Reway começou a arbitrar em 2004 pela Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Em 2009, foi eleito o árbitro revelação do Campeonato Brasileiro. Já no início do ano passado, ele passou a integrar o quadro de árbitros da FIFA, tornando-se o primeiro do Estado a obter este feito.
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