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Advogado que agrediu juiz com soco já foi preso e ‘travou’ guerra com delegado

Da Redação - Fabiana Mendes

O advogado Homero Amilcar Nedel, 59 anos, preso em flagrante  por agredir o juiz Jorge Hassib Ibrahim, de Paranatinga (536 quilômetros de Cuiabá), dentro do Fórum da cidade, na última quarta-feira (26), já travou uma guerra com o delegado Marcos Sampaio Alves Ferreira, após ter sido preso sob a suspeita de ter ajudado um preso a fugir da delegacia. 

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O fato ocorreu em 2011. Á época, o advogado era vice-presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT) em Paranatinga. De acordo com informações da polícia, o clima esquentou na delegacia porque o advogado teria resistido à prisão e desacatado a autoridade policial.
 
Homero ficou preso por apenas três horas e conseguiu um habeas corpus. ambos trocaram acusações. Enquanto o vice-presidente era acusado de desacato, em nota a OAB do município informou que o advogado foi vítima de abuso de autoridade.
 
De acordo com o advogado, ele foi chamado por um cliente que representava desde 1989, para ir à delegacia e encontrou o preso do lado de fora, que pediu para que o levasse embora. Homero levou o cliente embora e retornou à delegacia para checar o que tinha acontecido, foi então que a troca de acusações iniciou, pois o delegado acusou o vice-presidente de ter ajudado o detento fugir. 

O advogado alegou que havia nenhum policial com seu cliente, que o mesmo não estava algemado e que nada demonstrava na prisão. Além disso, afirmou que iria procurar o Fórum para ingressar com um habeas corpus preventivo. No entanto, ele foi impedido de deixar a delegacia, encaminhado a uma cela na unidade, em desacordo com a lei. 
 
Caso recente
 
Antes de ser preso por agredir um juiz, o advogado tentou matar também o proprietário de uma oficina mecânica, de 60 anos. Conforme as informações da Polícia Civil, as duas ocorrências, no Fórum e na oficina, guardam referência a desentendimentos de um processo judicial em que sua filha, também advogada, é parte integrante.

O advogado foi conduzido pela Polícia Militar até a delegacia, onde foi interrogado pelo delegado Pablo Borges Rigo e atuado pelos crimes de homicídio doloso na modalidade tentada, lesão corporal, desacato e coação no curso do processo. Submetido a audiência de custódia, teve a prisão convertida em preventiva.

O delegado Pablo Borges Rigo reitera o compromisso da Polícia Judiciária Civil em prosseguir nas investigações seguindo critérios técnicos e imparciais, de modo apurar o ocorrido na defesa democrática e proteção não apenas das pessoas físicas envolvidas na ocorrência, mas especialmente das Instituições integrantes nos fatos.
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