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Bem votados e sem mandato: veja quem foi “injustiçado” pelo quociente eleitoral

Da Redação - Lucas Bólico

Ser um dos candidatos mais bem votados não garante, necessariamente, um mandato de deputado estadual ou federal. A escolha de quem será eleito também tem de passar pelo método de distribuição de cadeiras no parlamento calculado pelo quociente eleitoral.

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O sistema foi pensado para buscar equilíbrio e privilegiar tanto a força da representatividade do candidato como a do partido e coligação partidária. Em síntese, o preenchimento das vagas é feito segundo o cálculo do quociente eleitoral e quociente partidário e distribuição das sobras.
 
Na prática, na eleição proporcional no Brasil, é o partido ou a coligação que recebe as vagas, e não o candidato. Nesse tipo de pleito, o eleitor, ao votar, escolhe ser representado por determinado partido e, preferencialmente, pelo candidato por ele escolhido.
 
O voto do eleitor na eleição proporcional brasileira indicará quantas vagas determinado partido/coligação vai ter direito. Por isso, mesmo que um candidato tenha votação expressiva, se o partido/coligação não ganhar vaga, o candidato pode não ser eleito.
 
É basicamente essa a explicação para o fato de, por exemplo, João Batista do Sindspen ter sido eleito com 11.374 votos e Romoaldo Junior, com 18.467 votos, não ter conseguido uma cadeira na Assembleia Legislativa. A coligação de Romoaldo conseguiu nove vagas e ele foi o décimo mais votado no bloco partidário, que congrega MDB, DEM, PDT, PSC, MDB, PHS, PSD e PMB.  
 
Na disputa por uma cadeira na Câmara Federal, somente dois candidatos acabaram “injustiçados” pela divisão por quociente. Juares Costa foi eleito com 49.912 votos e Victório Galli e Gisela Simona tiveram mais votos, respectivamente 52.974 e 50.682, mas não entraram na vaga.
 
Na disputa pela Assembleia Legislativa foram 20 candidatos mais bem votados que João Batista do Sindspen. Confira a lista abaixo, com o nome dos candidatos e o número de votos recebidos:

Romoaldo Junior – 18.467

Henrique Lopes do Sintep – 18.300

Silvano Amaral 18.068

Eduardo Magalhães – 17.773

Toninho de Souza – 17.133

Hermes Bergamim – 16.923

Leandro Félix – 16.604

Juca do Guaraná Filho – 15.924

Carlos Avalone – 14.263

Pedro Satélite – 13.860

Dr Divino Henrique – 13.759

Saturnino Masson – 13.434

Dr Sergio Delegado 13.207

Zeca Viana – 12.603

Suelme Fernandes – 12.074

Oscar Bezerra – 11.827

Mauro Savi – 11,683

Gilberto Cattani 11.629

Lilo Pinheiro – 11.516

Layr Mota – 11.369
 
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