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Golpe do investimento na bolsa pode ter lesado vítimas em mais de R$ 1 milhão

Da Redação - Thaís Fávaro

O Delegado Vitor Chab afirmou que as investigações sobre o golpe do investimento na bolsa de valores estão em andamento e tudo aponta que a ação pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 1 milhão às vítimas. Até o momento não se tem o paradeiro do casal apontado como responsável. Cerca de 30 pessoas já procuraram a polícia para registrar boletim de ocorrência. A polícia pediu o bloqueio dos veículos citados.

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Para o delegado, existe a possibilidade de mais pessoas terem sofrido o mesmo golpe, então não é possível delimitar a quantidade exata de pessoas que foram atraídas pelo esquema. Com o andamento das investigações já é possível saber que o valor provavelmente seja superior a R$ 1 milhão. Algumas vítimas deram veículos juntamente com valores, outras somente dinheiro. Uma das vítimas tem contratos reconhecidos em cartório, que comprovam que o “investimento” foi de R$ 250 mil.
 
O delegado Vitor Chab espera que os proprietários Rafael Bruno de Jesus Santos e a esposa Patrícia Nunes de Carmo se apresentem o quanto antes para prestar esclarecimentos. Em nota, a empresa afirma “que não se trata de golpe nem de estelionato e que as pessoas envolvidas não terão prejuízo. O motivo de não estarem atendendo os telefonemas, seria por motivos de ameaças.”
 
Até o momento nenhum caso foi registrado fora do estado, mas muitas pessoas do interior têm procurado a polícia relatando terem sofrido o mesmo golpe. A polícia já tem algumas informações de que algumas pessoas que estariam agindo como “secretários” estejam envolvidas com o casal apontado como “cabeça” da ação.

Uma das vítimas, que não quis ter o nome divulgado, veio de Tapurah (430 Km de Cuiabá) e estava na delegacia com um grupo de pessoas que também investiram dinheiro, para pedir que a polícia bloqueie os carros que estão sendo mencionados nas ocorrências.

“Tem locadora se passando por oficial de justiça, com documento de busca e apreensão, dizendo que encerrou o contrato, mas não tem documento oficial, nem crachá. Eles levam o carro com várias desculpas, do meu sobrinho em Diamantino, eles levaram o carro dizendo que precisava fazer uma revisão e que em 30 minutos o carro estaria de volta, levaram o carro com tudo o que tinha dentro, documentos, dinheiro, tudo. Meu sobrinho ficou esperando horas pelo carro, até chegar a informação de que esse carro já estava em Cuiabá. Percebemos que era golpe a cerca de 20 dias, mas tem gente que já tinha percebido a muito mais tempo.” contou ao site Olhar Direto.

Alguns proprietários de empresas locadoras de veículos, se apresentaram de livre espontânea vontade, apresentando recibos referente a compra dos veículos. Até o momento a polícia ainda não encontrou ligação entre essas pessoas com os estelionatários e acredita que eles podem ter comprado os veículos de maneira licita.

Por precaução, o delegado pede que as pessoas confiem nas investigações “Peço para que as pessoas que foram lesadas, que dê a credibilidade para a polícia porque estamos agindo, estamos investigando. Os indícios serão comprovados que possivelmente essas pessoas que adquiriram os veículos não tenham ligação com os estelionatários, que elas podem ter comprado de forma licita. Então peço que as pessoas não façam justiça com as próprias mãos, que esperem a polícia apurar", afirmou.
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