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Notícias / Cidades

Candidato a delegado geral quer padronização da remoção e plantão regionalizado por videoconferência

Da Redação - Wesley Santiago

O delegado Jefferson Dias, atualmente lotado na Ouvidoria da Polícia Civil, é um dos candidatos ao cargo de Diretor Geral da instituição nas eleições que acontecem na próxima segunda-feira (03). Entre as propostas, estão a regularização e padronizaçaõ da carreira, a instituição de um plantão regionalizado por video conferência e o fim de dos desvios de função dos servidores.

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"Uma das primeiras propostas que colocamos é em relação a regularização da remoção dos delegados e investigadores da Polícia Civil, em Mato Grosso. A finalidade é que os servidores não possam ser pegos de surpresa. A partir do momento em que passa no concurso, a pessoa é encaminhada para o interior e, claro, tem a vontade de vir mais próximo. Queremos instituir um padrão, procedimento de sistema de pontuação. Quem estivera mais longe, ganha mais pontos do que quem está mais próximo. Com isto, as pessoas terão interesse de ir para cidades mais distantes, para encurtar este processo", explicou o delegado ao Olhar Direto.

Jefferson Dias também quer instituir o plantão regionalizado, que seria realizado através de videoconferência: "O delegado poderá fazer seu trabalho sem a necessidade de se deslocar 200 quilômetros até outra cidade. Isto beneficia até a Polícia MIlitar, que não precisará deixar a cidade desguarnecida. Além disto, vamos economizar papel, combustível, é bom para todos".

Outra das muitas propostas do candidato é a contratação de estagiários e empresas terceirizados para fazer com que servidores não tenham desvio de função e atuem na área para que foram chamados. Por fim, ressalta ainda que o investimetno em inteligência preicsa ser constante, já que os resultados se mostram muito satisfatórios.

Jefferson Dias entrou na Polícia Civil em 2001 e passou por diversas cidades do interior (Vila Bela da Santíssima Trindade, Rio Branco, Pontes e Lacerda, Comodoro e Sinop). Depois, seguir para Cuiabá, onde atuou em algumas delegacias, até que foi convidade para ser secretário de Defesa Social, em Londrina (PR).

"Em um ano, fizemos a instalação de 250 câmeras de monitoramento e já deixamos pagas a mesma quantia. Tivemos um trabalho operacional e preventivo com a Guarda Municipal. Era um tempo, por exemplo, que a cidade não tinha pichador. Uma das nossas câmeras pegou dois universitários cometendo o crime, fizemos a prisão. Depois, os pais compraram tinta, nos procuraram e colocaram eles para pintar tudo que foi estragado", comentou o delegado.

O delegado acrescenta também que "além disto, compramos diversos véiculos e fizemos bases em vários distritos de Londrina. Trabalhamos junto com as crianças, criamos o disque-denúncia, foi muita coisa feita em apenas um ano. Deixamos ainda um concurso pronto, feito pelos servidores da casa".

Depois disto, o delegado retornou apra Cuiabá, onde atuou dentro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso como delegado: "Conseguimos bons avanções, como a questão dos subsídio dos delegados". Depois, ele assumiu a titularidade da Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), onde conseguiu diminuir o índice de acidentes graves.

"Um diferencial é que determinei que os delegados fossem nos locais em que houvesse vítima fatal. Isso ajuda no processo de investigação. Uma vez, eu mesmo notei um detalhe que passaria batido. Uma pessoa poderia ter sido acusada injustamente, mas descobrimos que o carro era diferente do que a testemunha disse ter visto. Resolvemos o caso rapidamente", explicou o delegado.

Jefferson Dias ainda lembrou da criação da 'Operação Open Bar': "Causou bastante na cidade. Começamos a atuar na Praça Popular, onde estão os granfinos, onde deve estar quem deve dar exemplo. Nós cercávamos e resolviamos o problema no lugar. Eu estava fazendo o monitoramento (à paisana) e via que os que haviam ingerido bebida alcoólica e pegavam o carro. Já mandava abordar logo à frente. Teve bar que começou a contratar van para levar os clientes. Olha que fantástico, você poderia chegar de táxi ou uber, bebia o quanto quisesse e depois voltava em segurança para casa".

"Neste momento, estou na Ouvidoria da Polícia Civil. É um lugar estratégico, em que nós concentramos reclamações e sugestões. Ano passado, tivemos apenas um elogio. As pessoas acabam não reconhecendo o trabalho bem feito, mas imagine você tratar alguém mal? Quem trabalha na polícia é porque gosta. Trabalhamos em um caso em que o latrocínio iria preescrever, fizemos nosso papel e o prendemos no Pará", finalizou o delegado.

Nesta semana, o delegado Anderson Veiga desistiu da disputa. Com isto, Jefferson Dias agora concorre apenas contra os delegados Victor Hugo Bruzolatto, da Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DRE) e o atual Diretor de Execuções Estratégicas, Mário Dermeval Aravechia de Resende. Um dos três será escolhido pelo governador Mauro Mendes (DEM) para estar à frente da instituição.

Jefferson Dias Chaves, 48 anos, é  londrinense, Bacharel em Direito pela UEL, Pós graduado(Lato Sensu) em  Direito Público com Ênfase em Direito Penal e de Execuções, Especialista em Segurança Pública pelo Curso Superior de Polícia do Mato Grosso 

"Com experiência e qualificação necessária, me coloco à disposição para o cargo. Se for a vontade de Deus e dos meus colegas, se chegarmos lá, iremos trabalhar para fazer uma gestão proativa com intuito de melhorar e avançar em prol das causas nobres da nossa categoria, bem como, investigadores e escrivães e sobre tudo da sociedade mato-grossense", ressaltou.





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