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Preso terceiro envolvido na morte de professor da UFMT; intenção era roubar dinheiro e carro

Da Redação - Wesley Santiago

Um adolescente de 16 anos foi apreendido, na manhã desta segunda-feira (07) e confessou a participação na morte do professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Francisco Moacir Pinheiro Garcia, de 53 anos, em dezembro, em Sinop (480 km de Cuiabá). A intenção dos criminosos era roubar o dinheiro da vítima e vender o veículo.

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Ao Olhar Direto, o delegado Ugo Reck confirmou a apreensão do adolescente: “Ele confessou e confirmou a participação dos outros dois elementos que já estão presos. A intenção deles era roubar, sacar o dinheiro da vítima e levar o carro para vender também”.
 
Ainda conforme o delegado, a polícia ainda procura um quarto envolvido na morte do professor: “A prisão pode acontecer a qualquer momento, continuamos com as diligências, mas não vamos divulgar detalhes para não atrapalhar a investigação”.
 
Victor Fernando Oliveira, de 20 anos, foi preso como o segundo suspeito envolvido na morte do professor. Ele contou em depoimento que agiu em conjunto com outros dois suspeitos. Um deles, Rodrigo Pozzer, 32, possuía relacionamento afetivo com a vítima e residia na mesma casa, e foi preso na sexta-feira (04), em Sorriso. O outro comparsa é o adolescente.
 
Em interrogatório, Victor declarou que não conhecia a vítima e Rodrigo Pozzer entrou em contato com ele, após pegar seu contato com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre pra fazer”. O suspeito afirmou que Rodrigo combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava, se esconderem em área de mato nas proximidades e que quando Rodrigo passasse na frente iria dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto.
 
Ainda de acordo com o depoimento de Victor, Rodrigo havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que a amarraria. Mas que ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), a vítima teria percebido que o amigo (Rodrigo) estava envolvido com os assaltantes.
 
Nesse momento, Victor afirma que Rodrigo teria mandado a vítima descer do carro e seguido com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. O depoente declarou que pouco tempo depois (aproximadamente 10min) foram ouvidos disparos de arma de fogo (provavelmente de calibre. 22).
 
Victor afirmou que houve a promessa, por parte de Rodrigo, de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.
 
Segundo o delegado titular da Derf Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, o caso segue em investigação buscando individualizar as condutas e identificar a participação real de cada um dos três envolvidos no crime.
 
O caso
 
O desaparecimento  da vítima foi comunicado na Polícia Judiciária Civil em 20 de dezembro, por uma amiga, que contou que tentou manter contato por ligações e mensagens com o amigo, e uma pessoa respondeu com vários erros de português, o que seria improvável ser a vítima já que é professor.
 
A foto do perfil no whatsapp também tinha sido retirada. O telefone estava dando desligado, o veículo da vítima também não foi encontrado na casa dele. A vítima tinha uma consulta marcada no dia 19/12 devido uma cirurgia que fez no braço, mas a atendente disse que ele havia pedido para remarcar a consulta, pois estava em viagem com problemas pessoais. Na mesma data a vítima falou a parentes que tinha indo na consulta e estava tudo bem, indicando que alguém estava usando o aparelho celular da vítima.
 
Cinco dias antes da comunicação do desaparecimento (15.12), um corpo foi localizado às margens de uma rodovia entre os municípios de Claudia e União do Sul e estava até então sem identificação.
 
A amiga da vítima reconheceu o corpo no IML de Sinop como sendo o professor. A vítima teria sido morta com tiro de revólver, calibre 22.
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