A Casa Militar, chefiada pelo tenente-coronel Eduardo Henrique Souza, realizou uma varredura em todo o Palácio Paiaguas à procura de escutas, visando garantir a segurança de servidores e do governador Mauro Mendes (DEM). A informação foi confirmada por fontes ligadas ao novo Governo, que iniciou na semana passada.
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O Governo, no entanto, não se manifestou sobre o assunto e não confirmou que a precaução tem relação com o escândalo que ficou conhecido como ‘grampolândia pantaneira’, em que escutas ilegais foram feitas durante a gestão passada.
A própria Casa Militar, por meio de nota esclareceu que a varredura é um procedimento padrão e que faz parte da rotina de segurança do órgão.
Em 2016, a gestão de Pedro Taques (PSDB) passou a ser investigada supostamente executar escutas telefônicas em centenas de telefones de adversários políticos do então governador, advogados e jornalistas.
A denúncia do crime foi feita pelo promotor de justiça Mauro Zaque, que descobriu a irregularidade enquanto fazia parte da gestão, como secretário de Segurança Pública do Estado.
O caso acabou resultando em 13 prisões e quatro secretários exonerados. A suposta participação de Taques no esquema está sendo investigada pelo Superior Tribunal de Justiça, mas deve voltar para primeira instância nos próximos meses, por conta do fim do foro privilegiado.