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Kardec nega articulação do MDB para conduzi-lo à Cultura e garantir mandato a Romoaldo Júnior

Da Redação - Isabela Mercuri

O deputado estadual Allan Kardec (PDT), que no próximo dia 1 de fevereiro assume a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), negou que tenha havido uma articulação do MDB, para que ele assumisse a pasta e, consequentemente, seu suplente Romoaldo Júnior (MDB) se tornasse deputado na Assembleia Legislativa (AL). Segundo o pedetista, o governador Mauro Mendes (DEM) chegou a fazer um compromisso de levar pelo menos um deputado para o secretariado, mas que poderia ser qualquer um da chapa.

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“Nós fizemos uma chapa grande, fomos 44 candidatos na chapa majoritária pra deputados, na chapa do candidato a governo, dos quais éramos 14 deputados estaduais. E a gente tinha certeza que pelo menos quatro deputados estaduais eleitos ficariam de fora. E nesse diálogo com o governador, ele nos fez o compromisso de que pelo menos um deputado ele traria pra compor a equipe, de acordo com o perfil. Uma questão de diálogo que fizemos com ele na composição daquela chapa. Nós fizemos nove deputados. Então cinco ficaram de fora”, afirmou ao Olhar Direto. Segundo Allan, outros nomes sondados para a pasta foram os dos deputados Dilmar Dal Bosco (DEM) e Silvano Amaral (MDB).

Romoaldo Júnior não foi reeleito para a AL. No último dia 20 de dezembro, a juíza Celia Regina Vidotti, da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, determinou o bloqueio de seus bens. Ele é denunciado por um esquema que desviou R$ 16 milhões. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) denunciou Romoaldo, Mauro Savi e os outros sete por irregularidades em uma concorrência pública para a contratação de empresa para a construção de estacionamento nas dependências da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Assim que Kardec assumir a Secel, Romoaldo assume a cadeira na Assembleia Legislativa.

Kardec, no entanto, afirma que isso não influenciou na escolha de Mendes. “Poderia ter sido outro deputado que ficaria na suplência. Poderia ter sido eu. A diferença entre eu e Romoaldo foi de 200 votos. Poderia ter sido um deputado do PSD. Hoje o Toninho de Souza também está na primeira suplência, na realidade é o Toninho, então não teve nada articulado com o próprio MDB, foi articulado com a chapa em si. Nós somos cinco partidos, e pra composição da chapa a gente fez esse pedido. O governador ficou de analisar, ele poderia muito bem também não ter chamado”, finalizou.
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