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Dilmar aponta dívida de R$ 4 bilhões e pede ajuda e compreensão dos servidores

Da Redação - Érika Oliveira

Nome certo para assumir a liderança de Mauro Mendes (DEM) na Assembleia Legislativa, o deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM) esteve nesta manhã no Palácio Paiaguás, junto do presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho (DEM), para inteirar-se dos projetos que serão encaminhados ao Legislativo e que, segundo o governador, representam o primeiro passo rumo ao reequilíbrio das contas. Conforme o parlamentar, os documentos revelaram dívidas que chegam a quase R$ 4 bilhões. Neste cenário, o democrata pediu ajuda e compreensão dos servidores, cujos salários serão escalonados.

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“Nós temos um déficit da LOA de R$ 1,9 bilhão. Nós temos um déficit de não pagamento, já deficitário, de R$ 2,1 bilhões. E restos a pagar ainda não empenhados e executados são mais quase R$ 1,5 bilhão. Então quer dizer, estamos chegando na casa de quase R$ 4 bilhões. Não é questão de não priorizar. O governo se tivesse dinheiro com certeza iria pagar em dia todos os fornecedores, os repasses da saúde, os repasses do transporte escolar que deve aos municípios, como deve os hospitais regionais. E com certeza a prioridade seria o pagamento dos servidores públicos”, declarou Dilmar, ao deixar a reunião.

O chamado “pacote de reformas” que seria encaminhado nesta tarde para a Assembleia Legislativa deverá conter o novo modelo de estrutura governamental, que diminuirá de 24 para 15 secretarias, e deverá provocar o corte de pelo menos 3 mil servidores que ocupam cargos de confiança no Governo. Entre as medidas está também a extinção de empresas estatais e mistas.

Os projetos seriam entregues nesta tarde, mas há pouco, a assessoria de imprensa do Governo informou que, a pedido de Botelho, Mauro Mendes se reunirá amanhã pela manhã com os deputados e em razão disto os textos só serão encaminhados para a Assembleia Legislativa na quinta-feira (10).

Caso assuma de fato a liderança, Dilmar terá entre outras missões a função de interlocutor entre o Governo, Assembleia e Fórum Sindical. Sob a ameaça de uma greve geral já neste primeiro mês de gestão democrata, por conta do escalonamento salarial, o parlamentar pediu ajuda e compreensão do funcionalismo.

“Nós vínhamos desde a época passada comunicando a todos, a imprensa, e a todos os mato-grossenses o grande déficit orçamentário que nós temos no Estado. Teve uma conversa ontem [com o Fórum Sindical] onde foram apresentados os números. Mas basta também ao próprio servidor orientar e tentar ajudar a gente a ver onde que tem esse numero suficiente para pagar o salário”.
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