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Afastado da vida pública, Taques trabalha para transferir registro da OAB para Mato Grosso

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Afastado das atividades políticas desde o dia 31 de dezembro do ano passado, quando passou a faixa para Mauro Mendes (DEM), o ex-governador Pedro Taques (PSDB) trabalha para conseguir se inscrever nos quadros da seccional mato-grossense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT).

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No último dia 11 de janeiro, o ex-governador, que é formado no curso de direito pela Universidade de Taubaté, no interior de São Paulo, requereu a inscrição por meio de transferência (vindo de outro Estado), para entrar nos quadros da ordem.

A inscrição, no entanto, não tem um tempo definido para ser aceita. De acordo com o secretário-geral da OAB, Flávio José Ferreira, a documentação já entregue passará por uma análise de um relator que será designado, além de um colegiado da ordem, que irá apreciar o voto, aceitando ou não o pedido

“A pessoa pode ter inscrição em mais de um Estado. Ela pode requerer a transferência e passa por um procedimento de análise da documentação para ver se é possível fazer o registro ou não. Não dá para dizer em quanto tempo ficará pronto, porque o pedido entra em uma fila”, disse Ferreira ao Olhar Direto.

“Demanda a quantidade de pedidos de inscrição, como de transferência. Por que ele vai protocolando documentos. Depois de formalizar, será designado um relator que irá analisar a documentação e colocará para votação do colegiado, que irá apreciar o voto do relator”, explicou o secretário, que também preside a 1ª Câmara Julgadora da OAB em Mato Grosso.

Desde que foi derrotado, ficando em terceiro lugar em sua tentativa de reeleição, Taques chegou a declarar que estava procurando por um prédio no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá para montar um escritório de advocacia.

Ele também chegou a declarar que pretendia regularizar sua situação com a OAB para poder advogar, além de voltar a lecionar em alguma faculdade de direito.

Eleito como Senador em 2010, por conta de seu trabalho como procurador da República, Taques conseguiu se eleger governador do Estado quatro anos depois com ampla votação, sagrando-se eleito em primeiro turno.

Em 2018, após desgaste com servidores públicos, com problemas na saúde pública, sob suspeitas de envolvimento em escândalo de grampos ilegais e sem condições de avançar nenhum centímetro da obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT), o tucano naufragou o projeto de reeleição, ficando atrás de Mendes e Wellington Fagundes (PR), com 271,9 mil votos.

Seu sucessor Mauro Mendes, desde que assumiu o comando do Estado vem tomando medidas impopulares como escalonamento de salários, não pagamento de fornecedores e parcelamento de parte do 13°, para, segundo ele, tirar Mato Grosso da crise financeira que encontrou após a saída do tucano.
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