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"Termômetro" do Verdão, Diego Souza vira modelo para seleção

Gazeta Press

Diego Souza deixou o Palestra Itália nesse sábado chamado pela torcida de "Animal", em alusão a Edmundo, e de "chapa quente". Com duas jogadas individuais, o meia gerou os gols da vitória por 2 a 1 sobre o Internacional e ainda acalmou a pressão adversária com chapéus em Guiñazu e dribles desconcertantes. Com isso, viu sua importância no time crescer a ponto de ser considerado um exemplo até para a seleção brasileira.

"O Diego Souza é o nosso termômetro. Anima o nosso time. É um bom jogador, um dos mais importantes da equipe, e um amigo. Se estiver deste jeito, nosso time cresce, por isso a gente cobra a regularidade dele. Não pode jogar muito e desaparecer depois. Quero o Diego sempre assim", enalteceu Marcos, com a concordância do chefe.

"O Marcos falou tudo: o Diego é o nosso termômetro. Ainda bem que em quase todos os jogos ele está muito bem. Só falta ir para a seleção agora", apontou Muricy Ramalho. Logo em sua apresentação no Verdão, o técnico já havia feito esta sugestão a Dunga, chamando o camisa 7 de craque imprescindível para seu sucesso no novo clube.

"O Dunga tem dado oportunidade para alguns jogadores e esse é um cara diferenciado. Tem personalidade, é forte fisicamente, chama a responsabilidade e vive uma fase excepcional. Está maduro, é um jogador pronto para a seleção. Além de grandes jogadores, a seleção tem que ter jogadores com esta personalidade", cobrou o treinador.

Enquanto o contratado da CBF segue apostando em meio-campistas que estão no futebol europeu, Muricy se aproveita de seu atleta e da lição que os mais velhos do elenco lhe passam. "É sempre bom ter pessoas no time como o Marcos, que é o nosso capitão, e o Edmilson. Estes caras empurram muito o jogador. E quando o Marcos fala, é sempre muito respeitado", contou o chefe.

Com estes ensinamentos na cabeça, Diego Souza foi decisivo. Como Cleiton Xavier saiu machucado antes dos dez minutos, o camisa 7 centralizou o foco da marcação do Inter, sem contar que tinha Sandro acompanhando-o o tempo todo. Mesmo assim, deixou alguns rivais sentados, venceu quase todas as vezes que girou com a bola em suas arrancadas e ainda superou o cansaço para ajudar seu time a evitar o gol de empate nos acréscimos.

"Estou bastante feliz por esta boa atuação. Mesmo no final da partida eu estava dando o meu máximo para ajudar o Palmeiras a sair vitorioso", comemorou Diego. "O mais importante foi vencer um concorrente direto pelo título. Toda a equipe está de parabéns, cada um com sua importância. Jogamos o nosso melhor", elogiou o atleta, que mais uma vez mostrou sua personalidade forte ao trocar empurrões com Sandro após dividir a bola na área do Verdão.

"Quando fui dar um chute no gol, o Kleber entrou forte em mim porque tem que entrar forte mesmo, não está errado. E se eu faço o gol?! Aí quando o Sandro foi chutar, entrei forte, não posso deixar chutar no meu gol. Se ele não gosta de jogada forte, vai jogar outro esporte", recomendou, aliviado por não ter sido expulso no lance. "Tento me acalmar sempre. Não consigo entrar em campo e ficar meia-boca. Só quando estou muito cansado, porque aí não tenho perna", justificou.

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