Imprimir

Notícias / Cidades

Dos 74 presos por envolvimento em fraude na Sema, 70 foram soltos

Da Redação - Vinicius Mendes

Das 74 pessoas presas pela Polícia Judiciária Civil (PJC) nesta quarta-feira (13), por envolvimento em uma fraude ambiental que ultrapassa R$ 150 milhões, na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), apenas quatro permanecem presas. As outras 70 já foram ouvidas.
 
Leia mais:
Polícia cumpre 128 mandados contra ex-servidores e engenheiros acusados de fraude de R$ 150 milhões
 
A juíza Ana Cristina Silva Mendes realizou na tarde de ontem (13) seis audiências de custódia de pessoas presas em Cuiabá e Várzea Grande durante a “Operação Terra à Vista”. No total foram emitidos 128 mandados de prisão e 12 buscas e apreensão.
 
Das seis audiências de custódia realizadas na Capital, já foram revogadas a prisão temporária e expedidos alvará de soltura em relação a cinco pessoas, por já terem sido ouvidas hoje pela autoridade policial. São elas: Theophilo Nelson Cunha Sobierai, Edmilson Rodrigues da Silva, Dambros André Sbizero, Fernando Alécio Costa e Alex Sandro de Medeiros Nascimento.
 
Foi mantida a prisão temporária de Juliana Aguiar da Silva, que somente será ouvida pela autoridade policial nesta quinta-feira (14).
 
Já no interior do Estado, permanecem presos três homens, todos de Sinop (a 480 km de Cuiabá). São eles: Fernando Bruno Crestani, Leonardo Crestani e Getulio da Silva Pinto.
 
“Terra a vista”
 
A operação intitulada “Terra a Vista”, é oriunda de inquérito policial conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), com o  objetivo de investigar uma organização criminosa que atuava na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), fraudando o Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).
 
As investigações contaram com apoio da Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nos procedimentos de análise e auditoria, além do auxílio no trabalho com a vistoria de mais de 70 mil m³  relacionados a empreendimentos alvos do inquérito.
 
O trabalho de apuração começou no ano de 2014, com o auxílio de uma auditoria realizada pelo Ibama, que descobriu um esquema de fraude no sistema na criação de créditos florestais, beneficiando diversas empresas do ramo madeireiro e terceiros (com inserção de dados falsos no sistema).
 
Muitos créditos circularam para outras empresas gerando Guias Florestais inidôneas, as quais podem ter sido usadas para acobertar operações ilegais, promovendo, em tese, tanto a circulação de produto florestal de origem ilícita, quanto à lavagem dos valores correspondentes a essas mercadorias ilegais (madeiras extraídas ilegalmente, lavagem de dinheiro).
Imprimir