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Gallo lamenta rejeição de proposta pelo Bank of America: “esse será o pior mês do ano”

Da Reportagem Local - Érika Oliveira/ Da Redação - Lucas Bólico

O Bank of America comunicou ontem ao Governo do Estado que rejeita qualquer tentativa de adiar para setembro o pagamento da parcela da dívida dolarizada que vence em março. O plano do governo era postergar a quitação dos R$ 146 milhões para em setembro já pagar todo o montante da dívida com o dinheiro que deve ser emprestado junto ao Banco Mundial. A frustração da negociação desanimou o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, que avaliou março como o pior mês do ano.

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“Este é o pior mês do ano. Nós tivemos uma resposta definitiva ontem do Bank of America. Infelizmente nós temos que pagar essa parcela de R$ 146 milhões. Nós tivemos a resposta ontem no final do dia”, lamentou Gallo. Sem conversão, o valor a ser pago é 37 milhões de dólares.
 
O dinheiro para pagar a parcela de março com o Bank of America já está provisionado há semanas, mas o governo gostaria de aplica-lo em outras finalidades. “Infelizmente isso nos traz um custo social enorme porque é um dinheiro que vai para se pagar dívida, pagar juros da dívida e infelizmente nós vamos ter que retirar esse dinheiro que poderia ser distribuído em saúde, educação, segurança pública e cobrir um pouco do nosso déficit com os servidores”, lamentou.
 
Se o a instituição financeira tivesse aceitado receber o pagamento de março somente em setembro, de acordo com Gallo, o Estado poderia antecipar até mesmo a previsão para voltar a pagar o salário no dia 10 do mês seguinte ao trabalhado. Para o secretário, faltou “sensibilidade” do banco, uma vez que a instituição financeira não teria prejuízos com a mudança da data de pagamento.
 
“A nossa proposta era colocar essa parcela para setembro e até lá nós já renegociaríamos com o Banco Mundial. Quer dizer, não haveria qualquer prejuízo, mas houve uma insensibilidade do banco e nós vamos ter que efetuar esse pagamento porque senão é muito pior para o Estado. Nós vamos ter um bloqueio do Fundo de Participação dos Estados, o Estado vai ficar sem poder, durante um ano, se houver a honra da garantia da união, um ano sem tomas qualquer empréstimo com a garantia da União. Quer dizer, seria um quadro trágico para o Estado se nós não pagarmos. Infelizmente houve a insensibilidade do banco e nós vamos ter que honrar nos próximos dias até pelo menos a segunda ou terça-feira com essa parcela da dívida de R$ 146 milhões”.
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