Sem rodeios, o governador Mauro Mendes (DEM) não quis esperar até o final da pergunta sobre os rumores de que estaria aceitando sugestões de correligionários para substituir sua atual secretária de Educação, Marioneide Kliemaschewsk.

O assunto ganhou destaque nos últimos dias, pois, nos bastidores, aliados do governador relataram dificuldades na manutenção de Marioneide no cargo após repercussão nacional das condições precárias de algumas escolas no Estado, no caso que ficou conhecido como ‘escola de lata’.

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“É mentira. Mentira!”, limitou-se a dizer Mauro Mendes, interrompendo de pronto o assunto, durante coletiva de imprensa após reunião com deputados, na Assembleia Legislativa. Na semana passada, seu chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, havia classificado a questão como uma “fofoca de baixo clero”.

Secretário de Educação de Várzea Grande, Silvio Fidelis, chegou a ser cotado para assumir a Secretaria de Educação no lugar da professora Marioneide. Também foi cogitado o nome do professor Adriano Silva. Ambos seriam indicações do Democratas.

Por fim, de acordo com alguns veículos de comunicação locais, Mauro Mendes teria recebido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), a sugestão de substituir Marioneide pelo especialista em Educação Gustavo Ioschpe, de São Paulo.

‘Escola de lata’

Escolas de Mato Grosso que oferecem salas de aulas em contêineres de metal foram tema de uma reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, no mês passado. No Estado, nove escolas oferecem “salas” nestas condições.

Um total de 110 “salas” foram alugadas pelo Governo em decorrência de problemas nas salas dos prédios de alvenaria. Os alunos se queixam do calor e os pais e professores apontam os riscos à saúde e também de incêndio nas salas, que não têm passado por manutenção. À reportagem, o Governo do Estado afirmou que irá estudar medidas paliativas para melhorar a situação.