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‘Ofereci o cargo pelo bem da sociedade e para terminar impasse’, diz ex-presidente da Santa Casa

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Afastado do comando da Santa Casa de Misericórdia, por decisão da sociedade mantenedora, o ex-presidente Carlos Coutinho afirmou ao Olhar Direto que deixou o cargo pelo bem do hospital filantrópico e para dar fim ao impasse na instituição, que completou no dia 11 deste mês, trinta dias sem atendimento.

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O acordo, segundo Coutinho foi de afastamento de seis meses da atual direção, além da nomeação de uma nova comissão para dar seguimento ao plano para representar o filantrópico junto aos órgãos públicos.

A nova comissão é formada pelos médicos Luis Sabóia, Josemar Figueiredo, Augusto Aurélio de Carvalho, Elizabeth Meurer, Edmundo Castelo Mendes dos Santos e Daniel Pereira.

“Não tenho apego a cargo e o ofereci pelo bem da sociedade. Decidi aceitar o afastamento para terminar com este impasse e para que os funcionários, que estão hoje com seis meses de salários atrasados, possam receber”, explicou o médico ao Olhar Direto.

Coutinho estava presidindo a instituição desde a renúncia do ex-presidente Antonio Preza, que alegou dificuldades para a liberação de emendas parlamentares.

A nova comissão criada após a saída do presidente Carlos Coutinho irá negociar, durante os próximos seis meses formas de amenizar a situação financeira e os problemas.  

O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) revelou, na manhã de quinta-feira (11), que o Ministério Público Estadual (MPE) não quer firmar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a atual diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, que está fechada há exatamente um mês. Por conta disto, foi sugerida uma renúncia coletiva dos médicos que estão no atual comando do hospital, o que não foi acatado por eles. Submersa em dívidas, a unidade de saúde tem R$ 7 milhões prontos para entrar em caixa, mas os recursos estão travados por conta do impasse.

Até agora, foram feitos dois TACs do Ministério Público com a Santa Casa, que segundo o prefeito, não foram cumpridos. Emanuel revelou que o órgão ministerial exigiu a mudança da atual diretoria, com uma renúncia coletiva, o que não teria sido aceito pelos médicos que compõe o atual staff.

A direção da Santa Casa paralisou os atendimentos no dia 11 de março. A Prefeitura de Cuiabá pontuou que foram repassados R$ 24,8 milhões para a instituição, mas os serviços hospitalares que deveriam ser oferecidos aos cidadãos não foram executados.
 
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