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Wilson diz que VLT possui quase R$ 200 mi em caixa e pede para Mendes “administrar angústia”

Da Redação - Érika Oliveira

Responsável pelas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) durante a gestão Pedro Taques (PSDB), o deputado Wilson Santos (PSDB) afirmou que o Governo possui R$ 193 milhões em caixa para serem usados exclusivamente na construção do modal. A menção ao recurso ocorre horas após declaração do atual governador, Mauro Mendes (DEM), que praticamente descartou a instalação do meio de transporte na região metropolitana de Cuiabá. O parlamentar sugeriu que o governador “administre sua angústia” e cumpra com prazo de um ano, estipulado durante a campanha, para voltar a tratar publicamente do assunto.

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“Na campanha, o governador pediu um ano de prazo. Eu acho que é cedo para ele fazer qualquer afirmação. Eu tenho acompanhado à distância, sei que a equipe dele ainda não teve tempo suficiente para tomar conhecimento de todos os aspectos dessa situação. Então eu acho que ele deve deixar essa posição definitiva mais para frente. É cedo porque a equipe dele não domina o assunto profundamente, não analisou todas as variantes. E acho que ele precisa administrar um pouco mais essa angústia e quando falar desse tema falar de maneira decisiva”, avaliou Wilson Santos.

O deputado tucano assumiu a Secretaria de Cidades durante o Governo passado com a missão de destravar o VLT, ainda que não pudesse concluí-lo, mas não conseguiu avançar nenhum centímetro da obra por conta de uma série de entraves judiciais. Iniciada em junho de 2012, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa, a construção do modal está paralisada desde dezembro de 2014.

Programado para substituir a proposta do mais barato Bus Rapid Transit (BRT), o VLT foi apresentado por Barbosa e por vários deputados da época como "um avanço" para o Estado.

Wilson fez questão de lembrar sua posição contrária à instalação do modal quando ele foi proposto, mas considera que diante dos investimentos feitos até agora para a construção do VLT, a descontinuidade da obra acarretará em prejuízos ainda maiores para o Estado.

“Eu conheço esse assunto com profundidade. Quando fui prefeito eu assinei o BRT, fui favorável ao BRT. Depois, por força politica de 22 dos 24 deputados liderados por José Riva, o governador Silval mudou para o VLT”, lembrou.

“R$ 193 milhões em caixa, na conta convenio com o Estado. Esse dinheiro, inclusive, não corre juros nem correção porque a obra está parada. E, segundo, o Governo pode terminar essa obra sem nenhum custo, podia fazer via PPP. Têm empresas, têm consórcios interessados. Terceiro, como é que ele [Mauro Mendes] vai se desfazer desses vagões? Nós temos R$ 1 bilhão depositados em Várzea Grande, entre vagões e oito sistemas. Quem vai querer esses sistemas, que são próprios para o modal? Eu não digo que sim, nem que não, eu digo é muito cedo para o governador decidir”, acrescentou o parlamentar.
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