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Ministro diz que corte é temporário e convida reitores para discutir redução de 30% com Bolsonaro

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Em participação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, para apresentar as metas do governo para o Plano Nacional de Educação (PNE), o ministro da Educação Abraham Weintraub classificou o corte de 30% do orçamento das universidades e institutos federais do país como um contingenciamento e projetou que a situação será normalizada após a reforma da Previdência ser aprovada.

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Em resposta aos questionamentos dos senadores, o comandante do MEC também disse que está disposto a receber os reitores das universidades e institutos federais de todo o Brasil para debater sobre o assunto tanto no Ministério da Economia, quanto com o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL).

“Não houve e não há corte, existe um contingenciamento. Se a gente conseguir aprovar a reforma da Previdência e voltar a arrecadação, volta o orçamento. Agora, a gente precisa seguir a lei de responsabilidade fiscal”, disse o ministro, que em entrevista a imprensa nacional na semana passada, alegou que a redução estava sendo feita por conta de instituições que estavam fazendo ‘balbúrdia’ em vez de melhorar o desempenho acadêmico.

“Minha proposta diante deste contingenciamento aos reitores é o que eu faria para qualquer dono de empresa, que é chamar para conversar. Se tiver alguma coisa que tiver empecilhando, eu me disponho a levar o reitor ao Ministério da Economia e ao presidente para discutir o ponto que precisa, mas precisa dar transparência... Uma universidade em média custa R$ 1 bilhão e temos 65”, explicou.

O anúncio do contingenciamento as universidades e institutos federais foi feito na semana passada. Desde então, vários reitores, alunos e servidores das instituições em todo o país, tem manifestado descontentamento com a situação.

Em Mato Grosso, a Universidade Federal (UFMT) e o Instituto Federal (IFMT) tiveram um bloqueio de R$ 65 milhões no orçamento com o decreto do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o levantamento da reitora Miryan Serra, da UFMT, o bloqueio que representa R$ 34 milhões do orçamento da universidade, comprometendo o desempenho e avanços do ensino público, além de levar a sociedade a um retrocesso inimaginável.

Já o reitor do IFMT, Wilian Silva de Paula, calculou que a instituição perderá R$ 31 milhões com o bloqueio.
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