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Notícias / Picante

Aliviado

Da Redação

O advogado Paulo Lemes, que ficou conhecido em todo o Estado por ter tatuado o rosto do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) e da vereadora assassinada, Marielle Franco (Psol) comentou relatório da Polícia Civil que conclui que não houve atentado a tiros à sua residência, mas somente fogos de artifício que assustaram sua família. Por meio de nota, ele se disse aliviado, mas contestou que os fogos tenham sido de uma festa tradicional na igreja vizinha à sua casa.
 
Confira abaixo a íntegra da nota encaminhada pelo advogado:
 
NOTA DE ESCLARESCIMENTO
 
Apenas esclarecendo informações veiculadas dando conta de que o episódio dos supostos tiros em casa teriam sido fogos de artifício, fruto de uma "festa qualquer da igreja católica", ao lado da minha casa.
 
Primeiramente, não foi uma festa tradicional, tampouco na referida igreja, que é enorme e seria quase impossível não ver um evento ali. 
 
Na verdade, pelo que se soube apenas depois, não tendo a mínima noção prévia desse evento atípico, foi uma rápida passagem de "santa", que veio de Brasília para Matupá, na capela que fica atrás ou ao lado da igreja, a depender do ponto de vista, com baixa luminosidade, em uma rua que não tem sequer um poste de luz e um terreno baldio atrás da minha residência. 
 
E não foi uma bateria de fogos. Foi um disparo apenas, com quatro tiros, por uma única pessoa, o que dificultou a diferenciação. Pois, obviamente, caso fosse uma bateria de fogos a probabilidade de induzimento a erro seria mínima, ou nenhuma.
 
Eu sequer estava presente, apenas minha esposa, com nossos três pequeninos filhos, um recém-nascido, outro de 2 e uma de 4 anos. 
 
Como não havia completado sequer uma semana que tinha feito as tatuagens, com o linchamento virtual que sofri, minha companheira estava sob forte estado emocional, o que certamente contribuiu para a alteração de percepção dela, temendo ter sido vítima de tiros, ela e nossa família, com cunho intimidatório, já que estávamos sofrendo ataques virtuais durante toda semana.
 
Então, imediatamente me ligou, pediu que voltasse para casa, era de noite e eu estava no escritório. 
 
Quando cheguei em casa, fiz uma ronda, às luzes da igreja estavam apagadas e não haviam veículos estacionados na rua de casa, como comumente ocorre quando há missa na igreja, às vezes, até fechando a entrada do estacionamento de onde moro, ante a quantidade expressiva de carros.
 
Entrei e minha esposa me relatou os fatos. 
 
Na dúvida, fui até a autoridade policial e comuniquei os fatos. Depois aguardei os trabalhos de apuração, até a conclusão. 
 
Quem agiria diferente? Iria simplesmente desdenhar e ir deitar?
 
Ficamos aliviados por constatar que não foram tiros e agradecidos à Polícia Judiciária Civil, pelo trabalho sério e isento que fora feito.
 
Quanto a cinco minutos de fama, não preciso disso. Desde minha trajetória iniciada no Movimento Estudantil, como diretor da UNE, passando por comissões da OAB, depois como ouvidor-geral da Defensoria Pública de Mato Grosso, presidente do Conselho Nacional das Ouvidorias das Defensorias Públicas do Brasil, chefe de gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Mato Grosso, na gestão do promotor de justiça, Mauro Zaque.
 
E como articulista de opinião com mais de 500 artigos publicados nos principais periódicos e sites, já tive oportunidade de por muitas vezes ocupar espaço em todos os meios de mídia, rádio, TV, jornal impresso e sites. 
 
Por fim, independente do evento, não paramos de lutar, como não pararemos, seja lá por qual motivo for. E estou tomando providências para acionar judicialmente os autores de comentários caluniosos, difamatórios, injuriosos e ameaçadores. 
 
Não temo nenhum deles e nenhum de vocês, que por outro lado são covardes e criminosos, por se esconderem atrás das mídias sociais e atacar gratuitamente uma pessoa, uma família, achando que o mundo virtual é terra sem lei.
 
Inclusive, se tiverem alguma hombridade, convido para virem ao meu escritório falar o mesmo que falam na Internet. Estarei aguardando com café e pão de queijo.
 
Paulo Lemos é advogado, articulista de opinião, professor universitário e militante político em Mato Grosso.
 
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