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Julio Campos critica filhos do presidente, Olavo de Carvalho e diz que Governo está errando muito

Da Redação - Érika Oliveira

Um dos defensores mais ativos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha, o ex-governador de Mato Grosso Júlio Campos (DEM) repreendeu, na última terça-feira (14), o início da gestão bolsonarista. O democrata criticou a interferência de Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro, e dos filhos do presidente no Governo. Campos considerou, ainda, que o pesselista precisa “se abrir mais” ao diálogo e à política.

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“Hoje, infelizmente, o Governo tá errando muito. Principalmente no uso incontrolável da mídia social. Ao invés de ajudar atrapalha o andamento do Governo, o andamento das votações no Congresso e causa esses atritos que o senador Jayme Campos realçou. Eu acredito que tava na hora de dar um freio de arrumação no Governo. E controlar um pouco, não só o twitteiro Bolsonaro nas suas rompancias, mas também os seus filhos que não são fáceis de administrar, né?! Causam mais problema do que apoio. Além daquele cidadão, tal de Olavo de Carvalho, astrólogo, filosofo, sei lá o quê, que lá dos Estados Unidos, ausente do Brasil há mais de 20 anos quer dar ordem e, principalmente, quer criticar os militares no Governo, que são o grande esteio da atual administração”, avaliou o democrata.

A fala de Júlio vai de encontro ao discurso de seu irmão, o senador Jayme Campos, que faz parte da base governista, mas vem reclamando da articulação de Bolsonaro no Congresso, classificada por ele como uma “política chantagista”, por conta do condicionamento de políticas públicas à aprovação da Reforma da Previdência.

Jayme também faz parte da comissão mista que analisa a MP 870/2019, que trata da reforma ministerial, e votou contra a ida do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Justiça. O ato foi considerado uma derrota para o Governo.

“Governar é a arte de saber dialogar, é arte de saber fazer política, não com fisiologismo porque ninguém quer empreguismo, ou algo de errado, mas ser ouvido para melhorar qualquer tipo de atuação. E o presidente tem que entender que governar uma nação como a brasileira, multirracial, multicultural, tem que ter muita paciência, diálogo e tem que se abrir um pouco mais”, pontuou Júlio Campos.
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