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Mendes critica ida de Silval para semiaberto e cobra do Congresso penas mais duras

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

"Como cidadão eu gostaria que todos aqueles que praticam crimes contra administração pública tivessem penas muito mais duras do que têm. Lamentavelmente isso não está acontecendo no Brasil”. A crítica partiu do governador Mauro Mendes (DEM), na manhã desta quinta-feira (16), ao ser questionado sobre a decisão da justiça autorizar o ex-governador Silval Barbosa, condenado por corrupção, a cumprir pena em regime semiaberto.

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O governador ainda criticou a atuação do Congresso Nacional e classificou os deputados federais e senadores como os verdadeiros culpados pela impunidade que acontece em Mato Grosso e no resto do país.

“Lamentavelmente também não depende do Ministério Público e do Judiciário. Eles julgam, prendem, processam de acordo com as leis brasileiras. Esta bola que está nas mãos do Congresso Nacional que não tem coragem de fazer muitas coisas para fazer os grandes enfrentamentos que este país precisa. Um deles é esse de ter leis mais duras, mais penosas, mais severas para aqueles que metem a mão no dinheiro público”, afirmou.

A Justiça de Mato Grosso autorizou nesta semana a progressão de regime ao ex-governador Silval Barbosa a cumprir o resto de sua pena no regime semiaberto. A decisão é do juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá.

O ex-governador foi preso em 2015, um ano após deixar o Palácio Paiaguas, apontado como chefe de uma organização criminosa que recebia propina em troca de incentivos fiscais concedidos a empresas durante sua administração.

Ele permaneceu detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) por quase dois anos e conseguiu ir para prisão domiciliar após firmar acordo de delação premiada e entregar R$ 46 milhões em bens.

Na próxima terça-feira (21), o ex-governador terá que comparecer ao Fórum para audiência em que será estabelecido as condições do novo regime.
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