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Secretária de Educação pede paciência a professores e prevê aumento nos próximos anos

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

No comando da secretaria de Educação desde o governo Pedro Taques (PSDB), a secretária Marioneide Angelica Kliemaschewsk pediu paciência aos professores da rede estadual. Ela recordou que a gestão do atual governador Mauro Mendes (DEM) passou por problemas financeiros semelhantes na Prefeitura de Cuiabá em 2012 e que nos anos seguintes, após recuperação e ações tomadas pelo então prefeito, os profissionais conseguiram aumento no município.

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É com esta previsão que trabalha a titular da Seduc, acreditando que a situação financeira do Estado deve melhorar devido às ações iniciais do governador, e que a partir do segundo ano, os professores possam a ter o aumento de 7% anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, como prevê a lei.

A secretária, no entanto, não crê em uma desistência da greve por parte dos servidores da Educação, mas garante que irá continuar com o diálogo, mostrando que o primeiro passo neste semestre é arrumar a casa.

“A greve já está deflagrada a partir de segunda-feira, mas vejo que nenhum gestor quer passar por uma gestão sem fazer o quesito básico de qualquer gestor, que é a valorização profissional. Um exemplo disso é o governador Mauro Mendes no município de Cuiabá, quando fui secretária. Nós passamos pela mesma situação e depois tivemos 64,4% de aumento”, disse a secretária em entrevista a Rádio Capital nesta quinta-feira (23).

“No primeiro ano de gestão do Mauro no município nós não conseguimos dar aumento nenhum e enfrentamos uma greve de uma semana. Porque a realidade daquele momento era de organizar a casa, de pagar as despesas já realizadas. Este é o mesmo momento que estamos vivendo. São 150 dias de gestão e desejo do Governo é de valorizar seus profissionais. Mas não temos as condições necessárias para se pagar um aumento salarial no momento”, completou a titular da Seduc.

Com experiência de trabalho de mais de 30 anos na Educação como professora, coordenadora, diretora, a secretária também avaliou que greve irá atrapalhar o calendário, mas pontuou que o atual Governo já apresentou melhoras aos servidores públicos.

“Uma greve em qualquer momento sem sombra de dúvidas prejudica todo um processo pedagógico em andamento. No final do semestre, um pouco mais, porque está faltando praticamente dois meses para fechar o semestre. Mas nós avançamos em outras situações como licença-prêmio, que foi garantido para os funcionários de Educação, a liberação para qualificação profissional e criamos um calendário de discussões com os servidores da Seduc”, finalizou.

Nesta semana, os professores da rede pública do Estado decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, por conta das ações do Governo em relação a Lei da Dobra do Poder da Compra e da Revisão Geral Anual (RGA).

A lei em questão, aprovada pelo ex-governador Silval Barbosa, em 2013, concede o direito do aumento de 7% anualmente na remuneração dos professores, além da RGA por dez anos.
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