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Trabalhadores da UFMT se mobilizam em 2º ato em Defesa da Educação na Praça Alencastro

Da Redação - Fabiana Mendes

Os trabalhadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovaram por unanimidade paralisação das atividades na próxima quinta-feira (30), em adesão ao Dia Nacional de Lutas em Defesa da Educação. A ação é convocada pelas centrais sindicais e movimentos estudantis de todo o país em resposta aos cortes feitos pelo Governo Federal nos orçamentos da Educação. Em Cuiabá, o ato será realizado na Praça Alencastro às 14 horas. A concentração na UFMT terá início às 11 horas, no Restaurante Universitário.

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“Este será um momento para técnicos administrativos, professores e estudantes construírem cartazes juntos, de alinhamento de ideias. Vamos sair em carreata às 13h30 em direção ao centro da capital para somar a voz da UFMT nessa luta em defesa da educação pública”, destacou a coordenadora geral do Sintuf, Luzia Melo.
 
De acordo com apuração do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação (Sintuf-MT), a UFMT recebeu apenas 40% dos recursos previstos desde janeiro de 2019, o que contribuiu para uma situação de atraso generalizado no pagamento dos serviços terceirizados, deixando centenas de trabalhadores sem salários e benefícios em dias como vale-alimentação. Situação que prossegue e ameaça a Universidade de um colapso total, suspendendo parte dos serviços essenciais como limpeza. A administração “paga o mês de uma prestadora para atrasar o outro mês de outra prestadora”, segundo informação do pró-reitor administrativo Bruno César Moraes.
 
“Bolsonaro é um governo odiado por grandes parcelas das massas trabalhadoras. Um sentimento que cresce a cada dia. Segundo o Ibope, Bolsonaro perde o apoio de 1 a cada 3 de seus eleitores com renda de até 2 salários mínimos. A pesquisa diz que cresce a parcela de seu eleitorado que o abandona. O DataFolha registrou que somente 32% da população apoiam o governo. O governo tem o apoio de 35% da população, quando 31% classificam o governo apenas como regular e 27% como péssimo. É a pior aprovação da história de um presidente em primeiro mandado! Nem Collor conseguiu tamanha rejeição”, pontuou  o também coordenador geral do Sintuf, Fabio Ramirez.
 
Na última mobilização, ocorrida no dia 15 deste mês, mais de cinco mil pessoas foram às ruas em protesto contra o contingenciamento de recursos anunciado pelo governo Bolsonaro na área da Educação. De acordo com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a redução de repasses atingirá 3,5% do orçamento total das instituições. O valor, no entanto, equivale a 30% dos recursos que as UFs e IFs têm para gastar com manutenção e investimento em pesquisas, por exemplo, visto que a maior parte do orçamento está toda comprometida e não pode ter destinação alterada. De acordo com a UFMT, a redução de 30% dos valores inviabiliza a instituição em poucos meses.
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