Empresário alvo da operação Mantus, Frederico Müller Coutinho, ao que indicam as investigações, era chefe de organização criminosa que atuava com lavagem de dinheiro e jogo do bicho no estado. O empresário, que já foi alvo da operação Sodoma e acabou beneficiado em acordo de delação premiada, é apontando como “peixe grande” dentro do esquema de contravenção em Mato Grosso. A organização chefiada por ele brigava por espaço com ninguém menos que João Arcanjo Ribeiro. Na briga pela hegemonia dos jogos de azar, Frederico tinha alcançado também o título de comendador, homenagem que Arcanjo recebeu no passado e tornou-se praticamente parte de seu nome. No caso do “novo comendador”, o título foi conferido pela Câmara Municipal de Cuiabá, por requerimento do vereador Adevair Cabral. Em homenagem aos 300 anos da capital, ele figurou na lista dos que receberam a Comenda de Mérito Legislativo, ocasião em que também foram distribuídos títulos de cidadão cuiabano e Ordem do Mérito Legislativo.