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Botelho vê greve enfraquecida e convida servidores para diálogo: ‘momento de saírem com moral’

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), que retornou para o comando da casa de leis nesta semana, após ficar afastado 42 dias, disse que está aguardando professores e líderes de sindicatos ligados à educação, para discutir e encontrar uma solução para o fim da greve, que já dura dez dias.

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Na análise de Botelho, o movimento grevista está enfraquecendo a cada dia que passa, e a melhor saída seria um acordo que botasse fim na paralisação, para que os professores e sindicatos saiam com ‘moral’ desta crise.

“O Governo não tem como fazer o reajuste. Agora cabe a eles vir, já me coloquei à disposição e ninguém veio aqui me procurar. Já mandei recado que estou aqui pronto para dialogar com eles e não vieram. Acho que essa greve tem que encontrar uma saída, ela já está enfraquecida, não tem apoio da população, não tem apoio da maioria de todos os professores e funcionários da educação”, disse Botelho nesta quinta-feira (6).

“Eles tem que achar um momento para sair desta greve com moral, o sindicato, inclusive. Esta que é a ideia nossa. O sindicato é importante para a categoria, para o equilíbrio das forças. Esta é nossa discussão, achar o momento para discutir com eles para achar uma saída para voltar as aulas e acabar com essa greve. Estou aguardando eles, estou a disposição, estou aguardando. Não recebi nenhuma solicitação, já mandei recado, já falei para deputados ligados a eles que estamos aqui pronto para discutir, mas ninguém se posicionou ainda”, afirmou.

O  Sindicado dos trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) alega que os servidores exigem que o governo assegure os direitos e recursos dentro do orçamento da Educação para cumprir com as conquistas da categoria.

“A luta é pelo cumprimento da Lei 510/2013 (que institui a Política da Dobra do Poder de Compra dos salários da educação pública estadual); pela convocação dos aprovados no Concurso Público 2017; infraestrutura para mais de 400 escolas que estão degradadas e, ainda, cumprimento dos artigos 147 e 245 da Constituição, que asseguram recursos hoje não aplicados na Educação”, disse o presidente do sindicato, Valdeir Pereira.

O governador Mauro Mendes (DEM), no entanto, encaminhou na última quarta-feira (4), um documento ao sindicato afirmando não ter condições de atender aos pedidos de aumento de salário, já que houve o estouro do limite de gastos com pagamento de pessoal. Além disto, pontuou que caso o faça, não haverá dinheiro para merenda e investimentos nas unidades.  
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