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Notícias / Cidades

Motoristas de ônibus cruzam os braços em Greve Geral contra Reforma da Previdência

Da Redação - Fabiana Mendes

Cerca de um mil motoristas de ônibus de Cuiabá e Várzea Grande irão paralisar as atividades na próxima sexta-feira (14), em adesão à Greve Geral contra a Reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL). A decisão foi tomada em assembleia geral realizada na última sexta-feira (7), pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários da Baixada Cuiabana (SINTROBAC).

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A Greve Geral tem como motivação a luta contra a Reforma da Previdência, que na visão dos sindicalistas, traz mudanças que dificultarão ao trabalhador o acesso à aposentadoria. O movimento ampliou a pauta na busca da adesão dos estudantes já mobilizados contra os cortes de verbas na educação.  O ato também com a adesão dos professores, trabalhadores nas indústrias, servidores públicos e diversos outros ramos de atividades.  
 
A assembleia geral da categoria foi realizada no auditório da sede do Sest-Senat, em Cuiabá, e contou com a presença de lideranças dos trabalhadores das diversas empresas do transporte coletivo das duas cidades, onde debateram a organização do evento em Mato Grosso, no sentido de ampliar seu alcance.  
 
Presidente do SINTROBAC, Ledevino da Conceição, justifica o apoio e participação de sua categoria no movimento grevista. “Estamos participando da organização e buscando mobilizar o maior número possível de trabalhadores para esse dia de protesto contra a retirada de nossos direitos, principalmente contra as ameaças contidas no projeto de Reforma da Previdência, que do jeito que está irá dificultar em muito o acesso à aposentadoria, direito sagrado do trabalhador brasileiro. Por isso, no dia 14 nossa categoria irá cruzar os braços em protesto contra essa situação. O transporte coletivo vai parar na Capital e em Várzea Grande!”, avisou. 
 
Participaram da assembleia a convite da diretoria do Sintrobac os advogados Valdir Francisco de Oliveira advogado e Marisa Macedo, que abordaram aspectos da reforma da previdência defendida pelo governo.  “O estado tem a obrigação constitucional de garantir a previdência, agora querem tirar da lei essa obrigação. Ocorre, por exemplo, que os bancos privados, que serão beneficiados com a previdência privada por meio da capitalização, podem, como empresa privada, quebrar um dia e deixar trabalhadores na mão. Por isso os trabalhadores têm que ter foco, é preciso ter consciência que essa reforma é prejudicial. Por isso é importante toda ação contra ela”, alertou Valdir Oliveira.  
 
A concentração deverá acontecer na Praça Ipiranga, região central de Cuiabá, por volta das 14 horas.
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